Tuesday 11 October 2011

SOLIDARIEDADE COM A MÃE DE RENATO

Emigrantes reunidos em jantar de apoio à mãe de Renato Seabra


Meia centena de pessoas reuniram-se na noite de sábado num restaurante português em Westchester, na região de Nova Iorque, num jantar de solidariedade com a mãe de Renato Seabra.Odília Pereirinha, que esteve presente, encontra-se em Nova Iorque para dar assistência ao filho, detido na prisão de Rikers Island, suspeito do homicídio do cronista Carlos Castro.

Esta foi mais uma iniciativa de um grupo de mães anónimas da comunidade portuguesa nos Estados Unidos que, à semelhança do que acontece em Portugal, tem promovido algumas acções de angariação de fundos para ajudar a pagar as despesas com a defesa de Renato Seabra.

A líder da iniciativa, que disse preferir não se identificar, explicou à Lusa que decidiu lançou esta campanha porque casos destes a tocam «de uma maneira especial»: «Sou mãe e tenho filhos e compreendo a angústia desta mãe, deslocada do seu país, sem saber falar a língua e com muitos problemas financeiros».

A organizadora disse ainda que no jantar «ninguém discute o caso, apenas se demonstra solidariedade para com esta mãe que já faz parte da nossa família, pois cuidamos dela, damos-lhe apoio, porque muitas vezes ela deixa-se abater, e ensinamos-lhe inglês de modo a poder sobreviver melhor neste país».

No final do encontro, e depois de ter sido lida uma carta enviada pelo grupo de mães anónimas que em Portugal ajuda a mãe de Renato Seabra, Pereirinha falou durante alguns instantes para agradecer, visivelmente emocionada, a presença de todos e a solidariedade demonstrada pelos emigrantes portugueses nos Estados Unidos.

«Esta mãe sentiu hoje o carinho da comunidade e até conseguiu comer alguma coisa, o que foi uma surpresa para mim, dado o seu estado de espírito», disse a líder da iniciativa. «Embora sofrida e chorosa, fez-lhe muito bem estar aqui, pois é muito difícil esta situação, longe da família e do seu grupo, e é para a fazer sentir bem que nós a apoiamos», acrescentou.

Odília Pereirinha encontra-se nos Estados Unidos em casa de amigos de modo a poder visitar o seu filho na prisão de Rikers Island, Nova Iorque, três vezes por semana.Para fazer face às despesas conta com a ajuda destes grupos de mães anónimas em Portugal e nos Estados Unidos, que fazem sorteios, rifas, quermesses, leilões e outras campanhas solidárias.

A líder da iniciativa disse ainda que dentro em breve o grupo vai organizar outro jantar nesta área pois «muitas pessoas disseram-me que gostariam de conhecer a Odília e dar-lhe ajuda, mas não puderem estar presentes».

10 de Outubro, 2011
Lusa/SOL
http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=30479

Sunday 9 October 2011

ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA DA ORDEM DOS ADVOGADOS

CARTA A DEUS

Comoção

Cadela morre e menina de quatro anos escreve para Deus

14 de setembro de 2011

Danielle Moraes

danideavalon@gmail.com


Abbey, uma cadela de 14 anos, morreu em agosto de 2006. Segundo a tutora, sua filha de 4 anos, Meredith, não parava de chorar e comentar sobre a saudade que sentia de Abbey. Então, ela perguntou à mãe se poderia escrever uma carta para Deus para que, assim que Abbey chegasse ao Céu, Ele pudesse reconhecê-la.

Diante do consentimento da mãe, ela passou a ditar as seguintes palavras, enquanto a mãe escrevia:

“Querido Deus.
O Senhor poderia tomar conta da minha cadela? Ela morreu ontem e está aí no céu com o Senhor. Estou com muitas saudades dela. Fico feliz porque o Senhor a deixou conosco mesmo que ela tenha ficado doente. Espero que o Senhor brinque com ela. Ela gosta de nadar e de jogar bola. Estou mandando uma foto dela para que assim que a veja, o Senhor reconheça logo que é a minha cadela. Eu sinto muita saudade dela. Meredith.”

De acordo com a mãe de Meredith, elas colocaram a carta em um envelope com duas fotos de Abbey junto de Meredith e endereçaram a “Deus no Céu”. Depois, escreveram o próprio endereço no remetente e Meredith colou um monte de selos na frente dizendo que era necessário para que a carta pudesse chegar até o Céu.

“Naquela tarde ela colocou a carta numa caixa do correio. Dias depois ela perguntou se Deus já tinha recebido a carta. Respondi que achava que sim. “, disse a mãe.

Passados alguns dias, quando a família estava voltando para casa, após um passeio ao Museu de História Natural, se deparou com um pacote embrulhado em papel dourado na varanda, com um cartão endereçado à Meredith em uma caligrafia desconhecida. Dentro do pacote, encontrava-se o livro escrito por Mr. Rogers, intitulado “Quando um animal de estimação morre”. Colada na capa interna do livro estava a carta de Meredith. Na outra página, estava colada uma das fotos enviadas pela menina, abaixo da inscrição “Para Meredith”. Ao virar a página, mãe e filha encontraram um bilhete cor de rosa, escrito à mão:

“Querida Meredith,

A Abbey chegou bem ao Céu. A foto, que você me enviou, ajudou muito e eu a reconheci imediatamente. Abbey não está mais doente. O espírito dela está aqui comigo assim como está no seu coração. Ela adorou ter sido seu animal. Como não precisamos de nossos corpos no Céu, não tenho bolso para guardar a sua foto. Assim, a estou devolvendo dentro do livro para você guardar como uma lembrança da Abbey. Obrigado por sua linda carta e agradeça à sua mãe por tê-la ajudado a escrevê-la e enviá-la a mim. Que mãe maravilhosa você tem! Eu a escolhi especialmente para você. Eu envio minhas bençãos todos os dias e lembre-se que amo muito vocês. A propósito, sou fácil de encontrar: estou em todos os lugares onde exista amor. Com amor, Deus”.


"MÃES ANÓNIMAS" ANGARIAM FUNDOS PARA RENATO

CARLOS CASTRO

"Mães anónimas" angariam fundos para mãe de Renato

por Lusa

06 Outubro 2011

Sete "mães anónimas" luso-americanas vão organizar no próximo sábado um jantar de angariação de fundos para ajudar a mãe de Renato Seabra a pagar as despesas judiciais do filho, acusado do homicídio do colunista Carlos Castro em Nova Iorque.

"Já que o nosso Estado, o Consulado, ninguém dava a mão à senhora, juntámo-nos todas para ajudar", disse à Lusa uma das participantes no grupo.

Odília Pereirinha "é uma mãe que anda aqui perdida na cidade, só sabe o caminho para Hospital [Bellevue, onde o filho esteve internado], para cadeia [onde está detido] e para Nova Jérsia [onde está albergada em casa de amigos]", adianta.

Com o filho detido na prisão de Rikers Island a aguardar julgamento, Odília Pereirinha tem-se ausentado do emprego de enfermeira em Portugal para passar longas temporadas em Nova Iorque, sem falar inglês.

Tem tido também de suportar as despesas do advogado de Defesa, David Touger, e o grupo responsável pela organização conhece os seus "problemas de dinheiro".

"Quem é que não tem problemas de dinheiro, com uma despesa [de advogado] destas às costas?", afirma uma das mães.

Seabra está acusado de homicídio em segundo grau pela procuradoria de Nova Iorque.

O caso remonta a 7 de Janeiro, quando Carlos Castro, de 65 anos, foi encontrado nu e com sinais de agressões violentas e mutilação nos órgãos genitais no quarto de hotel que partilharam em Manhattan.

O caso tem vindo a arrastar-se em tribunal, levando até o juiz a irritar-se na última sessão com a demora da procuradoria em disponibilizar informação à defesa, e, segundo o advogado, deverá chegar a julgamento apenas no início do próximo ano.

Depois de ter falhado uma primeira tentativa de organizar um jantar, num conhecido restaurante da comunidade luso-americana de Newark (Nova Jérsia), as organizadoras viraram-se para o norte de Nova Iorque, na localidade de Mount Vernon, onde também reside grande número de portugueses.

A sala escolhida tem uma capacidade para 120 pessoas, mas não arriscam para já um número de participantes no jantar preparado pela cozinheira Luísa Fernandes, no restaurante "Galitos", sábado às 19:00.

"Várias pessoas ajudaram com bens, comida, quadros para leiloar", disse à Lusa a organizadora.
Odília Pereirinha, que está proibida pelo advogado de falar à imprensa, deverá aparecer no final do jantar, para agradecer às organizadoras.

"Acho mulher inteligentíssima, uma mãe extremosa que não abandona o filho seja pelo que for", diz a organizadora ouvida pela Lusa.

O grupo inclui mães de Long Island (Nova Iorque), Nova Jérsia e até da cidade de Boston (Massachussetts).

Já organizaram também uma venda que rendeu pouco dinheiro.

A ajuda incluiu também oferecer pernoita à mãe de Renato Seabra na véspera das muitas sessões do caso em tribunal a que já compareceu.

Por vezes limitam-se a oferecer à mãe de Renato Seabra "alguém a quem ligar durante a noite".