Saturday 29 October 2011

DEMORA NA ENTREGA DE RELATÓRIO PSIQUIÁTRICO IRRITA JUIZ


Nova Iorque: Acusação tem uma semana para entregar relatório

Demora irrita juiz de Renato Seabra

Procuradora diz que precisa de interrogar Odília Pereirinha para concluir relatório de Renato  

Charles Solomon, o juiz do Supremo Tribunal de Manhattan que vai julgar Renato Seabra, irritou-se ontem com a demora da procuradora Maxine Rosenthal em entregar o relatório psiquiátrico e as análises ao ADN no local do crime, ainda não concluídas pelo Gabinete de Medicina Legal. E avisou que espera "ter toda a informação da procuradoria até à próxima audiência", marcada para sexta-feira, dia 4 de Novembro.

Por:João C. Rodrigues com Lusa

O aviso do juiz foi provocado pela intenção da procuradora de submeter a mãe de Renato, Odília Pereirinha, a um interrogatório psiquiátrico, que a acusação diz ser fundamental para concluir a avaliação psiquiátrica do jovem português. Aliás, o médico responsável pela análise admite ainda um terceiro interrogatório a Renato Seabra, o que pode atrasar ainda mais o início do julgamento, que Charles Solomon quer começar no início de 2012, um ano depois da morte de Carlos Castro.

A defesa rejeitou, no entanto, qualquer interrogatório a Odília Pereirinha, classificando a proposta como "absurda". "A mãe dele não consegue estar numa sala e responder a perguntas sem se emocionar. Mas terá todo o gosto em responder por escrito", argumentou o advogado David Touger.

Friday 28 October 2011

DEFESA REJEITA INTERROGATÓRIO A MÃE DE RENATO SEABRA


Nova audiência em Nova Iorque

Defesa rejeita interrogatório a mãe de Renato Seabra

A defesa de Renato Seabra rejeitou esta sexta-feira, em tribunal, que a mãe do jovem português, acusado do homicídio de Carlos Castro em Nova Iorque, seja interrogada por um psiquiatra ao serviço do gabinete do procurador.

"A mãe dele, [Odília Pereirinha] acha que não consegue estar numa sala e responder a perguntas sem se emocionar", justificou o advogado de Defesa, David Touger, após nova audiência em tribunal do caso do jovem português.

"Ela tem todo o gosto em responder por escrito, dar toda a ajuda que puder ao médico [psiquiatra], em tudo o que ele precisar", adiantou o advogado, que considerou "absurda" a exigência de entrevista em pessoa.

Depois de ter interrogado o jovem português durante seis horas, repartidas por dois dias, para fazer um relatório psiquiátrico de Seabra, o médico pediu para interrogar também a mãe, e admite ainda um terceiro interrogatório ao jovem.

Esta avaliação deverá contrariar uma outra apresentada pela defesa, que sustenta o argumento de que o jovem português sofria de "doença ou debilidade mental" quando cometeu o crime, e que poderá conduzir a uma sentença mais ligeira.

Se o médico quiser voltar a interrogar Seabra, Touger diz que não levantará qualquer objecção, apesar de isso demorar ainda mais o processo.

PRÓXIMA AUDIÊNCIA DIA 4 DE NOVEMBRO

O juiz do caso, Charles Solomon, sublinhou em tribunal que nada obriga a mãe de Seabra a sujeitar-se a interrogatório e pediu à procuradora Maxine Rosenthal para determinar junto do médico se possui todos os elementos para entregar o relatório.

Na última sessão, Solomon tinha-se queixado da demora, em particular da procuradoria, para avançar para a fase inicial do julgamento, e relembrou que um ano sobre a data do crime - que se completará em Janeiro - é demasiado tempo para um caso de homicídio.

A próxima audiência terá lugar na próxima sexta-feira, 4 de novembro, e Solomon disse "esperar ter toda a informação da procuradoria até lá".

O QUE FALTA ENTREGAR

Além do relatório, faltam entregar análises de ADN do local do crime, ainda não concluídas pelo gabinete de medicina legal, segundo a procuradora.

Rosenthal entregou nesta sexta-feira duas análises de ADN a Touger, que disse esperar ter as restantes "o mais rápido possível", para "poder andar em frente" com o processo.

A expectativa da defesa é que as audiências preliminares tenham lugar em Janeiro de 2012, e que o julgamento tenha início poucas semanas depois.

A principal discussão será em torno da validade perante o tribunal da confissão que Seabra fez à polícia depois do crime, o que a defesa rejeita.

Por decisão do departamento penal de Nova Iorque, Seabra mantém-se detido em Rikers Island, medicado e sujeito a vigilância permanente.