Saturday 15 January 2011

CARLOS CASTRO E RENATO NO FACEBOOK


Carlos Castro 'conquistou' modelo no Facebook

Foi Carlos Castro quem se aproximou no Facebook do jovem que o haveria de matar - e que, pouco antes do crime, telefonou à mãe a pedir ajuda.

A 9 de Outubro, ao contrário das versões que alguns amigos de Carlos Castro contaram, é o cronista que, via Facebook, envia uma mensagem ao jovem. Queria conhecê-lo e o outro aceita o pedido de amizade. Castro responde na hora: «Olá Renato, muito grato e um abraço». Horas depois, retoma o contacto e incentiva-o: «Já sabes, vai falando. Abraços». No dia seguinte, é Renato quem lhe pede conselhos: «Olá!! Gostava de falar consigo em relação ao mundo da moda que é novo para mim!! Sendo uma pessoa com experiência quais são as dicas que me dá para vir a crescer nesse mundo?».

Meia hora depois, Carlos Castro responde: «Vou ao Porto, ao Portugal Fashion, estás por perto? Acho-te giro e és altíssimo, falamos se quiseres. Um abraço amigo». Nessa madrugada, Renato, revela-lhe a desilusão que o chumbo lhe provocara nos sonhos: «Eu fui ao casting para o Portugal Fashion mas acho que não fiquei!! Gostava muito de falar consigo mas não sei se vou ter hipóteses de ir!! Obrigado pelos elogios mas também não sou assim tão alto!».

Mas Castro sabe ir ao encontro do desânimo de Renato e lança a nódoa para o mundo da moda: «Pois, por vezes há amiguinhos, é uma chatice nas modas. Vou ao Porto, não sei se tens hipóteses de lá estar, fico no Sheraton. Diz alguma coisa».

Renato, que sempre fora de falas abertas com a mãe, conta-lhe. Entre a família que não é atada a preconceitos, Renato mostra-se receoso. Joana recorda os temores do irmão: «Pensava que Carlos Castro podia achar que ele também era homossexual, mas nós não vimos nisso qualquer problema, até pela idade do senhor [65 anos]. E foi a minha mãe, que sempre achou o meu irmão muito fotogénico, quem o levou de carro e o esperou enquanto eles falavam no hotel onde ele estava hospedado».

À família, o jovem fez o resumo do encontro: «Disse-nos que ele se tinha oferecido para ser uma espécie de agente e que lhe podia arranjar desfiles pelo mundo fora. O meu irmão disse-lhe que tinha um contrato de exclusividade com a Fátima Lopes, mas ele respondeu que não havia problema, que era amigo e tratava disso com ela», relembra a irmã.

As promessas que Carlos Castro terá feito deixam a estilista espantada: «Nem sabia que ele conhecia o Carlos Castro, nem percebo como ele o ia ajudar. Quem ajuda os manequins são as agências. Aliás, o Renato deixou de aparecer na agência, achávamos que era porque estava a acabar o curso. Faltou a muitos castings, parecia não estar interessado na carreira».

Diogo e a irmã de Renato tentam agora apanhar todos os fios para desvendarem o que terá acontecido entre o modelo e o cronista. A visita ao Facebook do jovem deixa-os em desnorte.

14 de Janeiro, 2011

Por Felícia Cabrita*

felicia.cabrita@sol.pt com raquel.carrilho@sol.pt

http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=9222

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