Sunday 9 January 2011

RENATO SEABRA ARRISCA PRISÃO PERPÉTUA


Morte violenta de Carlos Castro

Homicida arrisca perpétua numa prisão americana

Tanto a vítima como o suspeito são portugueses, mas a lei a aplicar é a americana, especificamente a do Estado de Nova Iorque. E a pena máxima para homicídio neste Estado é a prisão perpétua, explicaram ao CM vários advogados, que consideraram pouco provável uma extradição para cumprimento da pena em Portugal.

Segundo Fernando Santos Pereira "aplica-se o princípio da lex loci, que é a lei do local". Por isso, sublinha, "o julgamento decorrerá no país onde o crime foi cometido".

José Miguel Júdice refere, no entanto, que se o suspeito tivesse regressado a Portugal e sido detido no País, "os nossos tribunais também seriam competentes ".

Quanto ao local de cumprimento da pena, Rogério Alves afirma que o mais natural é que ocorra nos EUA, embora haja a possibilidade de cumprir em Portugal, mas isso depende do tempo e de negociações entre os dois países. É que em Portugal o tempo máximo de pena é de 25 anos e, se for condenado a perpétua, teria de esperar por uma redução para depois pedir a extradição. Júdice salienta que já aconteceu os EUA expulsarem estrangeiros condenados.

Fernando Santos Pereira recorda o caso das portuguesas detidas na Venezuela, por tráfico de droga, que cumpriam o resto do tempo na prisão de Tires, em Portugal.

LUXO NO CORAÇÃO DE MANHATTAN
O Hotel InterContinental Times Square, local da macabra morte de Carlos Castro, abriu portas há menos de seis meses e os seus 607 quartos têm preços entre 237 e 492 dólares (183 a 380 euros) por noite.

Apesar de não ficar na Times Square, centro de Manhattan, que há dias recebeu perto de um milhão de pessoas para celebrar a chegada do Ano Novo, o hotel de luxo encontra-se na esquina da rua 44 com a 8ª Avenida, no Theatre District, onde os principais musicais da Broadway ficam à distância de uma caminhada.

ALERTA FOI DADO POR UMA AMIGA DO CRONISTA
O alerta foi dado por Mónica Pires, amiga de Carlos Castro, que o esperava na recepção do hotel para jantarem, após Renato Seabra ter descido ao lóbi' dizendo: "O Carlos já não sai mais do hotel."

Segundo o jornalista Luís Pires, pai de Mónica, Renato saiu do hotel e tentou suicidar-se, cortando os pulsos, sendo encontrado pela polícia num hospital. Um voo da Continental terá sido atrasado por suspeitas de fuga de Seabra.

RELAÇÃO APROVADA PELA MÃE DE RENATO
Depois de, em Junho, Renato Seabra enviar uma mensagem a Carlos Castro via Facebook a pedir-lhe ajuda para o lançar na moda, os dois conheceram-se pessoalmente em Outubro, no decorrer de mais uma edição do Portugal Fashion.

Dizem os amigos do jornalista que foi uma paixão fulminante. Seguiram-se viagens. Num mês e meio o jovem de 21 anos e o jornalista de 65 passaram vários fins--de-semana juntos em Londres, Paris e Madrid. Estiveram ainda com viagem marcada para Las Vegas, cancelada por causa da neve.

Ao que oL CM apurou, a relação era bem aceite por todos, inclusive pela mãe do jovem Renato Seabra. "A mãe do rapaz andava encantada. Ligava ao Carlos e dizia-lhe que ainda bem que ele tinha aparecido na vida do filho", revelou ao CM um amigo do jornalista.

NOTA DA DIRECÇÃO
Carlos Castro foi um colaborador exemplar do Correio da Manhã. Até ao último dia de vida escreveu para o jornal e sempre cumpriu todos os trabalhos a que se comprometeu. Cronista do mundo cor-de-rosa, Carlos Castro era também uma pessoa atenta à cultura e promoveu nas páginas deste jornal homenagens às mais importantes figuras do espectáculo em Portugal. À família e aos amigos, o CM endereça as mais sentidas condolências.

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/actualidade/homicida-arrisca-perpetua-numa-prisao-americana

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