Sunday 9 January 2011

CARLOS CASTRO MORTO E CASTRADO EM NOVA IORQUE

Carlos Castro

O cenário com que a polícia nova-iorquina se deparou ao entrar no quarto de hotel onde Carlos Castro foi encontrado morto, na noite de sexta-feira, era de violência extrema. O cronista de 65 anos estava nu, com os testículos mutilados e tinha vários ferimentos na cabeça, sendo declarado morto no local pelos serviços de emergência.

Segundo a autópsia, cujos resultados foram divulgados ontem à noite, a morte foi causada por "impactos bruscos na cabeça e compressão do pescoço" de Carlos Castro. As circunstâncias que envolveram o homicídio do jornalista e colunista do CM num quarto do hotel InterContinental, em Nova Iorque, ainda estão por clarificar, apesar de o suspeito ter sido detido pelas autoridades.

Renato Seabra, de 21 anos, ex-concorrente do programa televisivo ‘À Procura de um Sonho', que partilhava o quarto com o cronista, segundo Guilherme de Melo, amigo de Castro, estavam a "passar uma lua-de-mel", esteve a ser observado no hospital de Bellevue, em Nova Iorque, e as autoridades aguardavam pelo fim dos exames médicos num hospital psiquiátrico para dar início ao interrogatório.

Carlos Castro foi encontrado morto e castrado às 19h07 locais, duas da manhã de sábado em Portugal, pelas autoridades, que responderam ao alerta que dava conta de um homem inconsciente com ferimentos na cabeça. Segundo o diário ‘The New York Post', recolheram como prova um computador portátil manchado de sangue que pode ter servido de arma para o homicídio.

Renato Seabra pode enfrentar prisão perpétua, pena máxima no estado de Nova Iorque em homicídio.

Ontem permaneceram viaturas da polícia de Nova Iorque à porta do hotel, cujos hóspedes contaram a jornais norte-americanos terem ouvido discussões no quarto e no corredor durante a sexta-feira.

Carlos Castro e Renato Seabra chegaram ao Intercontinental a 29 de Dezembro e deveriam ter regressado hoje a Portugal.

Luxo no coração de Manhattan

O Hotel InterContinental Times Square, local da macabra morte de Carlos Castro, abriu portas há menos de seis meses e os seus 607 quartos têm preços entre 237 e 492 dólares (183 a 380 euros) por noite.

Apesar de não ficar na Times Square, centro de Manhattan, que há dias recebeu perto de um milhão de pessoas para celebrar a chegada do Ano Novo, o hotel de luxo encontra-se na esquina da rua 44 com a 8ª Avenida, no Theatre District, onde os principais musicais da Broadway ficam à distância de uma caminhada.

Alerta foi dado por uma amiga do cronista

O alerta foi dado por Mónica Pires, amiga de Carlos Castro, que o esperava na recepção do hotel para jantarem, após Renato Seabra ter descido ao lóbi' dizendo: "O Carlos já não sai mais do hotel."

Segundo o jornalista Luís Pires, pai de Mónica, Renato saiu do hotel e tentou suicidar-se, cortando os pulsos, sendo encontrado pela polícia num hospital. Um voo da Continental terá sido atrasado por suspeitas de fuga de Seabra.

SAIBA MAIS NA EDIÇÃO EM PAPEL DO CORREIO DA MANHÃ:

- Homicida arrisca perpétua numa prisão americana

- Relação aprovada pela mãe de Renato

- Corpo já não volta para Portugal

- Últimas entrevistas no ‘CM'

- "Até o alertámos para ter cuidado"

- Consulado à espera da família do homicida

- "Aproximou-se do Carlos para ganhar protagonismo

09-01-2011

http://www.vidas.xl.pt/noticia.aspx?channelId=83c1118f-0a09-426d-88d0-7a0980df951a&contentId=36715d61-da32-498e-a383-cd95f87d3afd

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