Monday, 19 March 2012

JEREMY IRONS EM LISBOA: CONFERÊNCIA DE IMPRENSA



Jeremy Irons: 'Há qualquer coisa de muito mágico em Portugal'

18 de Março, 2012
por Alexandra Ho

Dezoito anos depois de terem filmado A Casa dos Espíritos em Portugal, o actor Jeremy Irons e o realizador Billie August estão de regresso ao país para, desta vez, transpor para o grande ecrã 'Comboio Nocturno para Lisboa', uma adaptação do romance homónimo de Pascal Mercier. As filmagens desta longa-metragem, uma produção luso-alemã-suíça, começam amanhã, segunda-feira, dia 19, e decorrem até 15 de Maio.

Sobre o regresso ao nosso país, o actor britânico disse estar «muito contente», uma vez que as recordações que tem de 'A Casa dos Espíritos' «são muito felizes». «Estivemos imenso tempo no Alentejo, como sabem, e depois em Lisboa, e há qualquer coisa de muito mágico no vosso país», mencionou Jeremy Irons hoje à tarde, numa conferência de imprensa de apresentação de 'Comboio Nocturno para Lisboa', no Hotel Pestana Palace. «Ontem [sábado] na viagem de avião de Londres para cá, comecei a lembrar-me porque gosto tanto de Portugal. Estou muito entusiasmado com as próximas quatro semanas», reforçou.


Quanto à sua personagem, o actor explicou que Raimund Gregorious é «um filósofo e professor de latim suíço, um homem que vive por sua conta e que acaba por se encontrar durante uma série de acontecimentos numa viagem de comboio para Lisboa». A história relata ainda o encontro de Raimund com um misterioso autor português, Amadeu de Prado, um aristocrata rebelde opositor ao regime de Salazar.

Questionado sobre qual é o seu conhecimento sobre este período da história portuguesa, Jeremy Irons pediu para lhe perguntarem daqui a um mês. «Estou no processo de aprender. Acabei agora de filmar a nova adaptação de Henry IV, de Shakespeare [para a BBC], e neste momento sei muito sobre ele. Daqui a quatro semanas saberei mais sobre Salazar», assumiu. «Para mim», acrescentou, «parte da história é sobre um homem a abrir-se, a tornar-se consciente da vida de uma forma que nunca tinha pensado antes. Por isso, 'Comboio Nocturno' para Lisboa é uma história de descoberta, de mistério e de aventura».

O realizador dinamarquês Billie August também sublinhou o entusiasmado por estar, de novo, a filmar em Lisboa e revelou que quando lhe fizeram o convite para realizar 'Comboio Nocturno para Lisboa' aceitou na hora. «Li o livro, há seis anos, por causa de Lisboa e durante a leitura voltei à vossa cidade. O que gosto em Lisboa é o facto de ser uma cidade cheia de mistérios, de segredos. Como o Jeremy disse há uma magia na cidade e esse vai ser o desafio maior: apanhar e reproduzir esse mistério no nosso filme», comentou.

Além de Jeremy Irons, o filme conta, entre outros, com a participação de Mélanie Laurent, Charlotte Rampling, Christopher Lee e, do lado nacional, Nicolau Breyner e Beatriz Batarda.


Quatro milhões de euros ficam em Lisboa

Ana Costa, da Cinemate, a produtora nacional do filme, também esteve presente na conferência de imprensa e manifestou o seu orgulho em fazer parte deste projecto. «Noventa por cento da rodagem será feita em Lisboa e penso que esta é a primeira vez que o nome da cidade aparece no título de um filme com esta projecção internacional. Isto é uma grande rampa de lançamento na divulgação de Lisboa no mundo», considerou a produtora, sublinhando ainda os cerca de quatro milhões de euros que o filme vai deixar na cidade. «Esta co-produção europeia tem um investimento de 7,740 milhões de euros, sendo que mais de 3,500 são despendidos em Lisboa».

Além disto, Ana Costa falou ainda dos problemas que o cinema nacional atravessa, nomeadamente a paralisação, há quase quatro anos, do Fundo de Investimento para o Cinema e Audiovisual (FICA). «A nível europeu tivemos o apoio do fundo Eurimages, e a nível nacional do Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA) e do FICA, mas tivemos de nos substituir ao Fundo porque essa verba nunca chegou», lamentou.


Solidário com a situação actual do cinema em Portugal, Günther Russ, produtor alemão do Studio Hamburg, disse que apesar de não conhecer exactamente o que se passa, ouviu com atenção do discurso «dos dois realizadores [Miguel Gomes e João Salaviza] premiados no Festival de Berlim». Por isso, reforçou, todos os Estados devem apoiar o cinema porque é uma actividade com retorno económico.«Nós estamos aqui em Lisboa a gastar dinheiro!», disse, de peito cheio.

alexandra.ho@sol.pt

JEREMY IRONS ESTUDA SALAZAR


Por:Sofia Canelas de Castro 

Actor britânico protagoniza produção com parceria nacional

Jeremy Irons estuda Salazar

Jeremy Irons não “sabia nada sobre a ditadura de Salazar”, mas a sua personagem no filme ‘Comboio Nocturno para Lisboa’, que desde ontem se encontra a rodar na capital, assim o obriga. “Estou a aprender agora sobre Salazar e vou submergir na História”, confirmou o actor britânico na apresentação do novo filme de Bille August, de que é o protagonista.

‘Comboio Nocturno para Lisboa’ segue o percurso de Raimund (Jeremy Irons), “um professor suíço que tem a sua rotina de trabalho que adora mas, um dia, algo acontece que o desvia do seu ritmo e o leva num comboio para Lisboa. Aí, nessa cidade solarenga, vai envolver-se num período violento do seu passado histórico através de um livro que o toca”, explicou o actor.

A rodagem começou há uma semana na Suíça mas vai decorrer sobretudo na capital e volta a juntar, em solo nacional, o realizador e o actor de 63 anos que já em 1993 filmaram (e no Alentejo) ‘A Casa dos Espíritos’. “Ainda esta manhã, o Bille estava a mostrar-me uma rua na qual vamos fazer uma cena e dizia que era o mesmo local onde tínhamos filmado ‘A Casa dos Espíritos’ e eu não me lembrava de nada”, admitiu Irons. No entanto, garantiu que mal aterrou no aeroporto de Lisboa vieram-lhe à memória “os momentos felizes de filmagens em Portugal”.

Daqui a duas semanas, promete fazer uma reavaliação do país que, diz, sabe “que mudou muito.” Já o realizador salienta o carácter “profundo” da história e o “desafio de captar o lado misterioso de Lisboa”.
A nova produção, com orçamento de 7,7 milhões de euros, conta também outra vez com Paulo Trancoso, que chamou a Cinemate (de Ana Costa) para a parceria portuguesa. Co-produzido pela Suíça (C-Films), Alemanha (Studio Hamburg) e Portugal (Cinemate), o filme inspirado na obra homónima de Pascal Mercier conta “mexer na economia nacional” – através dos “quase quatro milhões de euros que cá serão dispendidos” -, além de levar o “nome de Lisboa e de Portugal para fora”, como salientou a co-produtora Ana Costa.

No elenco estão nomes como Mélanie Laurent (‘Inglorious Basterds’), Charlotte Rampling e Lena Olin, enquanto Nicolau Breyner, Beatriz Batarda e Joaquim Leitão fazem as honras da casa. Para Breyner, o dono de um hotel onde a personagem principal fica hospedada, este trabalho é não só “uma honra como garantia de qualidade”. As filmagens decorrem durante cerca de oito semanas.

DETALHES

Regresso a Portugal

Em 1993, Jeremy Irons filmou também com Bille August em Lisboa e no Alentejo ‘A Casa dos Espíritos’, onde contracena com Meryl Streep, Glenn Close ou Wynona Rider. Paulo Trancoso também esteve envolvido na produção.

Estreia em 2013

O orçamento do filme ronda oito milhões de euros e 1,2 milhões de euros compõem a parceria portuguesa, que conta com apoios do Instituto do Cinema e Audiovisual, do Turismo de Lisboa e de Portugal, da Câmara de Lisboa e do Hotel Pestana Palace. O filme estreia em 2013.

Livro helvético

O livro homónimo de Pascal Mercier está traduzido em 15 idiomas e já foi vendido para mais de 30 países. Em Portugal foi publicado pela D. Quixote.

Dificuldades portuguesas

Ana Costa frisou que, com o FICA (Fundo para o Investimento no Cinema e Audiovisual) paralisado, os apoios dos parceiros nacionais e, em especial, do fundo europeu Eurimages, foram essenciais no projecto.

AGENTE SALTA PARA CAMIÃO EM MARCHA E EVITA TRAGÉDIA













Agente salta para camião em marcha e evita tragédia

Veja a entrevista aqui
Publicado às 11.55
Maria Cláudia Monteiro

O agente Paulo Ribeiro evitou uma tragédia ao saltar para um camião que começou a andar sozinho, à hora de ponta desta segunda-feira, na baixa do Porto. Conseguiu parar o pesado e ficou uma história digna de um filme de ação para contar ao filho Pedro, no Dia do Pai.

"Nem pensei. Consegui abrir a porta e entrei", contou o agente Paulo Ribeiro ao JN, já refeito do susto.

Eram 9.20 horas desta segunda-feira, quando o camião que estava a ser carregado com uma grua começou a descer sozinho da Avenida Vímara Peres em direção à Praça Almeida Garrett, muito movimentada àquela hora da manhã.

"Estava a ajudar na manobra quando me apercebi que o camião começou a andar", explicou. Paulo Ribeiro, 41 anos, pensou rápido, ou melhor "nem pensou", e agiu depressa.

"O motorista estava a manobrar a grua para a colocar em cima do camião, que começou a andar", contou o agente Paulo Ribeiro, que saltou para o camião e puxou a travão de mão, bem a tempo de evitar uma tragédia.

Durante a descida, o pesado abalroou um poste de iluminação e uma bomba de água. O motorista do pesado ficou ferido sem gravidade no acidente e o trânsito naquelas artérias da cidade não foi afetado.

Para o filho Pedro, de nove anos, fica reservado o relato do agente Paulo Ribeiro da aventura vivida na manhã do Dia do Pai.

http://www.jn.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Porto&Concelho=Porto&Option=Interior&content_id=2370592&page=-1

JEREMY IRONS RODA UM NOVO FILME EM LISBOA

A primeira grande produção internacional de cinema com o nome da capital portuguesa no título vai estrear no início do próximo ano e terá distribuição a nível mundial, foi este domingo anunciado pela produtora Ana Costa.

A rodagem de "Comboio Noturno para Lisboa", dirigido pelo dinamarquês Bille August, decorre a partir de segunda-feira e prolonga-se pelas próximas oito semanas em locais da capital portuguesa, em Caxias (Oeiras) e em Palmela.

O investimento total será de oito milhões de euros, quatro milhões dos quais irão ser gastos em Lisboa, numa coprodução entre Portugal, Alemanha e Suíça, em cuja capital decorreram, ao longo de quatro dias, as únicas filmagens da obra fora de Portugal.

A produção do filme, que é a adaptação de um romance do escritor suíço Pascal Mercier, vai envolver uma equipa de 75 pessoas, na sua maioria portugueses, para contar a história de um professor de Latim de Berna que, nos anos 1960, chega a Lisboa para descobrir mais sobre Amadeu de Prado, médico-escritor e aristocrata português opositor ao regime ditatorial que então vigorava no país.

O principal papel está a cargo do ator inglês Jeremy Irons, que volta a trabalhar em Portugal, como recordou este domingo no encontro com os jornalistas, 19 anos depois de ter estado no país para rodar "A Casa dos Espíritos", também dirigido por August e baseado no romance homónimo da chilena Isabel Allende.

Irons disse que se trata de uma "história de descoberta, mistério e aventura".

Os atores Nicolau Breyner e Beatriz Batarda são alguns do portugueses que também fazem parte do elenco, que conta ainda com a representação de Melanie Laurent (França), Jack Huston e Tom Courtenay (Reino Unido), August Diehl (Alemanha) e Bruno Ganz (Suiça), entre outros.

Ana Costa, da produtora Cinemate, disse que "Comboio Noturno para Lisboa" vai ser o filme que contará com o maior apoio financeiro do fundo europeu Eurimages, cujo valor não especificou.

Salientou também o investimento, no atual contexto de crise, que o filme vai trazer a Lisboa, onde injetará quatro milhões de euros durante o período das filmagens.

O Município lisboeta consta entre os patrocinadores da obra, tal como o Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA).

Já o Fundo de Investimento para o Cinema e Audiovisual (FICA) não deu qualquer contributo financeiro, apesar de ter subscrito um contrato nesse sentido, falha que Ana Costa atribuiu ao facto de aquela instituição estar "paralisada" desde 2008.

Esse investimento faria ainda mais sentido por o filme ter já assegurada a exibição no estrangeiro, a cargo da distribuidora alemã K5. Em Portugal esse papel será assumido pela Lusomundo.

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Cultura/Interior.aspx?content_id=2369721&page=-1

Sunday, 18 March 2012

RAMPA SEISCENTISTA ESCONDIDA DEBAIXO DO ASFALTO NO CAIS DO SODRÉ

No Cais do Sodré há mais do que uma praia escondida debaixo do asfalto

18.03.2012 - 16:10 Por Ana Henriques


A enorme rampa servia no século XVI para lançar barcos ao rio 
(Pedro Cunha)

Enorme rampa de lançamento de barcos do séc. XVI foi descoberta debaixo da Praça D. Luís, juntamente com vestígios de estruturas de séculos posteriores.

A descoberta tem menos de um mês. Os arqueólogos encontraram uma enorme rampa de lançamento de barcos do séc. XVI junto ao mercado da Ribeira, em Lisboa. Feita com troncos de madeira sobrepostos, a estrutura ocupa 300 metros quadrados e data de uma época em que a cidade sofria os efeitos de sucessivos surtos de peste e epidemias, graças aos contactos com outras gentes proporcionados pelos Descobrimentos.

Para continuar a trazer de além-mar o ouro, a pimenta e o marfim que lhe permitiam pagar as contas, o reino investia na construção naval, e a zona ribeirinha da cidade foi designada como espaço privilegiado de estaleiros. Os relatos da altura dão conta de uma cidade cheia de escravos vindos de além-mar, mas também de mendigos fugidos do resto do país para escapar à fome.

Os arqueólogos nem queriam acreditar na sua sorte quando depararam com a rampa enterrada no lodo debaixo da Praça D. Luís, a seis metros de profundidade, e muito provavelmente associada a um estaleiro naval que ali deverá ter existido. "É impressionante: é muito difícil encontrar estruturas de madeira em tão bom estado", explica uma das responsáveis da escavação, Marta Macedo, da empresa de arqueologia Era.

No Instituto Português do Património Arquitectónico e Arqueológico o achado também tem sido motivo de conversa, até porque os técnicos desta entidade foram chamados a acompanhar os trabalhos, que estão a ser feitos no âmbito da construção de um parque de estacionamento subterrâneo. A subdirectora do instituto, Catarina de Sousa, diz que esta e outras estruturas encontradas são, apesar de muito interessantes, perecíveis, pelo que a sua conservação e musealização na Praça D. Luís é "praticamente inviável". Como a escavação ainda não terminou, os arqueólogos acalentam a esperança de ainda serem brindados, em níveis mais profundos, com algum barco submerso no lodo, como já sucedeu ali perto, tanto no Cais do Sodré como no Largo do Corpo Santo e na Praça do Município. "É possível isso acontecer", admite Catarina de Sousa.

Musealização em estudo

No séc. XVI toda a zona entre o mercado da Ribeira e Santos era de praias fluviais. Mas não era para lazer que serviam os areais banhados pelo Tejo. Na História de Portugal coordenada por José Mattoso, Romero Magalhães conta como, poucos anos após a primeira viagem de Vasco da Gama à India, "a zona ribeirinha da cidade é devassada pelos empreendimentos do monarca [D. Manuel I] e dos grandes armadores".

Depressa surgem conflitos com a Câmara de Lisboa, ao ponto de o rei ter, em 1515, retirado ao município a liberdade de dispor das áreas ribeirinhas para outros fins que não os relacionados com o apetrecho e reparação das naus, descreve o mesmo autor. São as chamadas tercenas, locais dedicados à função naval e representados em vários mapas da época. Mais tarde a mesma designação passa a abranger também o lugar onde se produziam e acondicionavam materiais de artilharia.

O espólio encontrado pelos arqueólogos inclui uma bala de canhão, um pequeno cachimbo, um pião, sapatos ainda com salto - na altura os homens também os usavam -, restos de cerâmica e uma âncora com cerca de quatro metros de comprimento, além de cordame de barco. Também há uma casca de coco perfeitamente conservada, vinda certamente de paragens exóticas para as quais os portugueses navegavam.

Um relatório preliminar dos trabalhos arqueológicos em curso explica como a zona da freguesia de S. Paulo se transformou de um aglomerado de pescadores, fora dos limites da cidade de Lisboa, num espaço importante para a diáspora: "A expansão ultramarina contribuiu para uma reestruturação do espaço urbano de Lisboa, que se organiza desde então a partir de um novo centro: a Ribeira". Em redor do Paço Real reúnem-se os edifícios administrativos. "É na zona ocidental da Ribeira que a partir das doações de D. Manuel se irão instalar os grandes mercadores e a nobreza ligada aos altos funcionários de Estado, que irão auxiliar o rei (...) na expansão ultramarina e na centralização do poder", pode ler-se no mesmo relatório. A escavação detectou ainda restos de outras estruturas mais recentes. É o caso de uma escadaria e de um paredão do Forte de S. Paulo, um baluarte da artilharia costeira construído no âmbito das lutas da Restauração, no séc. XVII. E também do vestígios do cais da Casa da Moeda, local onde se cunhava o metal usado nas transacções. Por fim, foram descobertas fornalhas da Fundição do Arsenal Real, uma unidade industrial da segunda metade do séc. XIX.

"Esta escavação vai permitir conhecer três séculos de história portuária", sublinha outro responsável pela escavação, Alexandre Sarrazola. Embora esteja ciente de que a maioria dos vestígios terá ser destruída depois de devidamente registada em fotografia e desenho, o arqueólogo diz que algumas das peças encontradas poderão vir a ser salvaguardadas e mesmo integradas no projecto do estacionamento, como já sucedeu com os vestígios do parque de estacionamento subterrâneo do Largo do Camões - ou então transportadas para um museu.

"Face ao desconhecimento do que ainda pode vir a ser encontrado por baixo da estrutura de madeira do séc. XVI está tudo em aberto", salienta, acrescentando que a decisão final caberá ao Instituto do Património Arquitectónico e Arqueológico.

http://www.publico.pt/Local/no-cais-do-sodre-ha-mais-do-que-uma-praia-escondida-debaixo-do-asfalto-1538418?all=1