Saturday, 7 April 2012

A DEMOCRACIA QUE TEMOS EM PORTUGAL

ATENAS REVOLTADA APÓS SUICÍDIO DO REFORMADO

WHAT HAMBURGERS ARE MADE FROM


Campanha de Oliver acaba com fábricas de carne processada

O famoso chef Jamie Oliver andou pelos Estados Unidos a explicar à população de que são feitos muitos dos hambúrgueres consumidos em restaurantes e até em escolas. Restos de carne que antes apenas eram dados a cães, depois de uma desinfecção com amónio, transformam-se numa pasta cor-de-rosa para fazer hambúrgueres. A campanha de Oliver pôs à beira do encerramento três de quatro fábricas destes produtos nos Estados Unidos, escreve a BBC.

OIliver mostrou a adultos e crianças o processo de fabrico desta pasta. A plateia estava em choque e com expressões de repugnância. A campanha teve um impacto de tal forma importante, que várias cadeias de supermercados, restaurantes e algumas escolas públicas resolveram proibir a 'pasta cor-de-rosa'.

Mas há ainda outro lado. Muitos ficaram irritados com os alertas do chef britânico, por estes levarem à eliminação de 850 postos de trabalho nas fábricas de carne processada.Os líderes desta indústria garantem que o produto é usado desde os anos 90 e que cumpre os padrões exigidos pelas agências reguladoras, escreve a BBC.



                              http://sol.sapo.pt/inicio/Vida/Interior.aspx?content_id=46121

CASA PIA: RICARDO UMA VIDA DE SEXO E DROGAS


Casa Pia: Ricardo, uma vida de abuso e drogas 

A droga com a qual Ricardo Oliveira diz ter sido comprado é afinal um parente antigo na sua vida. Filho de uma prostituta presa à heroína, nasceu a ressacar. Cresceu entre amas e tascos, e dormia nos carros dos proxenetas até a mãe, Ana Oliveira, já pela manhã, abandonar as ruas.

Em 1988, com apenas cinco anos, uma ama com pena do menino consegue interná-lo na Casa Pia, onde a sua sorte acabaria por mudar, mas para pior. Passados três anos de internamento na instituição do Estado, é o próprio corpo, que deixara de controlar, a revelar os abusos de que vinha sendo alvo por parte do funcionário Carlos Silvino. Passa a esconder a roupa interior ou, como a vergonha lhe paralisava a palavra, para chamar a atenção, a atirar as fezes contra as paredes.

Quando a mãe morre de overdose , já Ricardo mudara das mãos de Silvino para outras mais ilustres. Passa a frequentar casas onde é abusado por homens como Carlos Cruz e o embaixador Jorge Ritto, que o estrearam nas drogas.

A sua vida foi uma montanha russa. Não tinha mais de 10 anos quando, com outros colegas da Casa Pia, entrou na indústria da pornografia infantil. Jean Manuel Vuillaume, pedófilo francês ligado a uma rede internacional, conhecida por ‘Toro Bravo’, que viria a ser desmantelada em 1994 pelas autoridades francesas e que já era referenciado em Portugal pelos Serviços de Informações de Segurança (SIS), tinha carta branca para entrar nas instalações da Casa Pia. Ricardo e Nuno Miguel, outro casapiano, rodaram durante cinco anos uma série de oito vídeos intitulada ‘Paradis Naturiste’, um deles numa das colónias de férias da instituição, em Colares. Os meninos tornaram-se populares na Gaie France Magazine , revista ligada à rede pedófila, onde se publicitavam os filmes.

O universo lúdico da infância sempre foi estranho a Ricardo. Cresceu entre drogas e com os bolsos cheios de dinheiro – até que passou a adolescência, perdeu o corpo infantil e deixou de despertar cobiça. Estava sozinho, tinha apenas a droga como companheira, e daí a prostituir-se no Parque Eduardo VII, em Lisboa, para conseguir dinheiro, foi um passo. Aos 18 anos, saiu da Casa Pia com o curso de Cozinha e Pastelaria terminado. Encontrou emprego num hotel e decidiu mudar de percurso.

Quando o escândalo rebentou, em 2003, estava a endireitar a vida e afastado das drogas. Tornou-se uma das testemunhas do caso Casa Pia e durante os longos dez anos em que o processo correu nos tribunais manteve a mesma versão. Viveu-o com altos e baixos, mas o reencontro com o passado fê-lo várias vezes voltar ao consumo de drogas. Esteve em várias clínicas, mas não conseguiu acabar um tratamento.



 por Felícia Cabrita


5 de Abril de 2012


http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=46082

Friday, 6 April 2012

CASA PIA: CONVERSA ENTRE O JORNALISTA CARLOS TOMÁS E UM EX-ALUNO


Casa Pia: Ex-alunos pagos para mudar testemunhos

Duas das vítimas do processo Casa Pia que a defesa dos arguidos invocou, no ano passado, para tentar demonstrar que o processo não teria passado de uma montagem colectiva de antigos alunos da instituição admitiram ao SOL que mentiram a troco de dinheiro e droga.

Os arguidos, já condenados pelas Varas Criminais de Lisboa, haviam requerido, na fase de recurso da sentença para o Tribunal da Relação, a junção ao processo de entrevistas dadas por estas duas testemunhas ao jornalista freelancer Carlos Tomás – o que foi recusado pelos magistrados.

Uma dessas vítimas, Ricardo Oliveira, hoje com 30 anos, que acusou os arguidos Carlos Cruz e Jorge Ritto, entre outros, diz agora querer «voltar a viver de rosto erguido». E revela que Carlos Tomás – que também entrevistou Carlos Silvino (o único a admitir os crimes de pedofilia com rapazes da Casa Pia) e outras duas vítimas, para desmentirem tudo o que tinham dito durante o processo – estaria a ser «pago» pelo ex-apresentador de televisão e outros arguidos.

Mas as acusações vão mais longe: Ricardo sustenta que foi o próprio advogado de Cruz, Ricardo Sá Fernandes, quem, num telefonema para Carlos Tomás no dia da entrevista, terá industriado o jornalista sobre as matérias que o jovem teria de referir.

Em apoio ao que afirma, a testemunha da Casa Pia gravou um telefonema com Tomás: a pretexto de lhe pedir dinheiro, perguntou-lhe se ainda mantinha contacto com os arguidos, ao que o jornalista respondeu: «Nunca mais falaram comigo. Nem ele [Carlos Cruz], nem o [médico Ferreira] Diniz, nem o [ex-vice-provedor adjunto da Casa Pia, Manuel] Abrantes. Depois do acórdão, nunca mais falaram comigo. Eu até estou admirado, porque se houver a repetição do julgamento eles vão precisar de vocês».

Contactado pelo SOL, Sá Fernandes refuta as acusações: «Só soube da entrevista do Ricardo Oliveira depois de ela ter sido dada. E não acredito que algum dos arguidos tenha pago a estas testemunhas», diz o advogado, acrescentando que espera que os jovens «sejam é novamente ouvidos em tribunal», conforme a defesa pretende, para esclarecer tudo de uma vez

Logo depois do contacto do SOL para o advogado, Ricardo Oliveira recebeu um telefonema de Carlos Tomás, a confrontá-lo com o que o jornal acabara de perguntar ao advogado de Carlos Cruz.

Por seu turno, quando contactado pelo SOL, Carlos Tomás garantiu: «É mentira, não paguei nada a ninguém. E se falo com os arguidos é no âmbito do meu trabalho de jornalista». E concluiu prometendo que vai processar o SOL.



por Felícia Cabrita


5 de Abril de 2012


http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=46033

MIGUEL MACEDO TENTA JUSTIFICAR A CARGA POLICIAL DE 22 DE MARÇO DE 2012