Saturday, 14 December 2013

O PITO E A GANCHA EM VILA REAL

 
É uma tradição com séculos de histórias e lendas e diz que, no dia de Santa Luzia, as mulheres de Vila Real dão o pito e em fevereiro, no dia de São Brás, os homens retribuem com a gancha.

 
 
 

Wednesday, 11 December 2013

CANÇÃO DE NATAL DE LUÍSA SOBRAL


PRAXE ALIMENTA LÓGICAS DE DOMINAÇÃO E DE BULLYING



A investigadora do Centro de Estudos Sociais Catarina Martins defendeu na terça-feira à noite, em Coimbra, que a praxe potencia "lógicas de dominação de grupo e 'bullying'" e considerou que a universidade tem de actuar.
 
"Há alunos que faltam às aulas porque estão na praxe e outros que não vão porque têm medo de ir à praxe", afirmou Catarina Martins, à margem do debate "Sexismo e violência(s) na praxe académica", que se realizou no Teatro da Cerca de São Bernardo.
 
A coação na praxe é "fortíssima", sendo que esta prática potencia "o conservadorismo, a obediência cega e reproduz modelos de autoridades dominantes. É o poder pelo poder", frisou a investigadora e docente da Faculdade de Letras.
 
Catarina Martins sublinhou que tem de ser feito um "trabalho de mudança das mentalidades", através da discussão do tema, apesar de constatar que "os praxistas entendem a praxe quase como um dogma", havendo um "elevado grau de fanatismo".
 
"A Universidade de Coimbra deveria proibir a praxe, na medida em que é violadora dos direitos a uma boa formação dos alunos", porque estes, segundo Catarina Martins, "são atemorizados". A praxe "tem no seu código genético o autoritarismo, as hierarquias, o sexismo. Pode ser abolida", salientou.
 
A antropóloga Cátia Melo, outra das oradoras do debate organizado pela União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR), criticou o facto de a praxe - "uma prática em que o preconceito e a discriminação são exponenciados" - estar também classificada como património imaterial da UNESCO.
 
A também membro do núcleo de Coimbra da UMAR considerou que há "assédio sexual", no decorrer da praxe, e que a linguagem usada em canções e palavras de ordem é "extremamente violenta contra a mulher".
 

CADELA ESPERA PELO DONO À PORTA DO HOSPITAL


Tuesday, 10 December 2013

FRANCESINHA DE MARISCO

                                         Artur Machado
Francesinhas: Nesta receita não falta lagosta
 
Irmãs inventaram francesinha de marisco
 07/12/2013 | 00:00 | Dinheiro Vivo
 


Há menus diários para almoço por 4,20€ mas também vários pratos inéditos para encomendar e levar para casa. O Avenida Mar é um take away diferente, criado por duas irmãs do Porto que decidiram abandonar as suas profissões para fazer aquilo que mais gostam, com receitas criadas em casa e testadas por amigos. Pizas, hambúrgueres, lasanha e francesinhas feitas integralmente com marisco estão entre as inovações que surpreendem os clientes.
 
Ana Cardoso e Cristina Lemos, de 34 e 42 anos, respetivamente, vêm de uma família grande e à qual adicionaram muitos amigos - o que contribuiu para terem sempre a casa cheia de gente. Aos fins de semana, ficavam todos reunidos de volta dos petiscos que as irmãs cozinhavam - e foi assim, quase por acaso, que nasceu a ideia. “Só quando íamos a casa da mãe, onde era ela que cozinhava para nós, é que tínhamos folga. Mas ela nunca nos imaginou de roda dos tachos”, admite Cristina, ex-administrativa numa clínica.
 
Cansadas dos empregos chatos das 9h às 17h, Ana e Cristina pararam dois anos para inventar e testar receitas para criar as suas especialidades. O Avenida Mar abriu há apenas dois meses, na Avenida de Fernão de Magalhães, no Porto. “Os amigos passaram a ser as cobaias das receitas”, brinca Ana Cardoso, ex-organizadora de casamentos - um trabalho que considera “ingrato, pela falta de reconhecimento face à dedicação que exige”.
 
Juntas, investiram cerca de 25 mil euros para se instalarem no local já equipado. Ana ficou encarregue da gestão do negócio, do marketing da empresa no Facebook e do atendimento aos clientes, não esquecendo a organização de “pequenos eventos em casa dos clientes”. E Cristina ficou como responsável principal pelo fogão.
 
Após uma década a trabalhar com “os clientes mais exigentes do mundo, as noivas”, Ana Cardoso aprendeu uma lição valiosa, que usa diariamente: “Não se pode enganar os clientes e brincar com a comida que se serve, porque nesse caso só se enganam uma vez e não voltam.” É por isso que a francesinha de marisco - a original, que nada tem que ver com as homónimas que “só levam um camarão em cima” - leva lagosta, mexilhão, camarão, amêijoa e miolo de camarão em abundância. E custa o mesmo que a tradicional.
 
No último jogo do FCP, as irmãs não tiveram “mãos a medir” com os clientes que levavam uma empada ou uma quiche de marisco para o caminho. Agora, é só crescer. E, quem sabe, abrir mais lojas pelo país fora. “Há restaurantes a fechar todos os dias, mas os que são mesmo bons estão sempre cheios”, lembra Ana.