Saturday, 9 April 2011

RENATO DE NOVO EM TRIBUNAL


Justiça - Modelo regressa ao tribunal superior de Nova Iorque

Renato muda visual

Renato Seabra, acusado do homicídio do colunista Carlos Castro, esteve ontem presente em nova audiência do Tribunal Supremo de Nova Iorque. Desta vez, o modelo apareceu de fato escuro e camisa branca, ao contrário das audiências anteriores, em que vestiu a farda cor-de-laranja do Departamento de Correcção.

Indumentária diferente - levada pela mãe - mas o mesmo comportamento das audiências anteriores. O jovem, algemado, sentou-se em silêncio a ouvir o tradutor. Durante a curta audiência, cerca de quatro minutos, não falou. Fixou o juiz com ar atento, muito calmo e sereno.

Segundo o seu advogado, David Touger, Renato "está bem dadas as circunstâncias". Detido na ala psiquiátrica do Hospital de Bellevue, pode circular pelos corredores e terraço do estabelecimento, sempre sob o olhar atento de segurança e guardas prisionais. Na próxima semana, será novamente avaliado por um psiquiatra contratado pela defesa.

A audiência de ontem centrou--se no estado psicológico e emocional de Renato na altura do crime, com a acusação a exigir que a defesa clarifique se pretende recorrer à "defesa psiquiátrica".

O advogado de defesa alegou por seu turno não ter os elementos de que necessita para definir a sua estratégia. "A Procuradoria disse que na próxima semana nos vai dar a maioria da documentação que não temos, e dentro de duas a três semanas podemos concentrar a nossa defesa numa direcção", disse David Touger. Entre os elementos que a Procuradoria ainda não disponibilizou estão o relatório da autópsia e fotos do local do crime.

O juiz Charles Solomon fixou entretanto a próxima audiência para dia 29 de Abril.

FAMÍLIA UNIDA DÁ FORÇA A MODELO

Odília Pereirinha, mãe de Renato, contou desta vez com o apoio da filha durante a audiência. Joana Seabra sentou-se ao lado da mãe, no último banco da sala de tribunal. A família chegou acompanhada por uma amiga e manteve-se em silêncio durante a permanência no edifício do Tribunal Supremo. Entraram na sala 1383 cerca das 10h30 (15h30 em Lisboa), hora do início da sessão, e aguardaram a chegada de

Renato. Nem depois da sessão quebraram o silêncio. Mãe e filha seguiram para o elevador e saíram do tribunal, em passo apressado, na direcção do carro da amiga, estacionado a alguns quarteirões.

Por:Valério Boto em Nova Iorque

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/actualidade/renato-muda-visual

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