Miguel Borges é o protagonista desta peça sobre a Revolução Francesa e Silva Melo diz que, sem ele, não teria feito este trabalho
Jorge Silva Melo encenou 'A Morte de Danton' de Georg Büchner
Vão rolar cabeças no Teatro Nacional D. Maria II (COM VÍDEO)
"Nunca tinha pensado fazer esta peça – nunca pensei ter o dinheiro suficiente para dirigir 44 actores em cena”, diz o encenador Jorge Silva Melo de ‘A Morte de Danton’, grande produção do Teatro Nacional D. Maria II para esta temporada e que estreará no Centro Cultural Vila Flor, Guimarães, no âmbito da Capital Europeia da Cultura, antes de vir para Lisboa – de 15 de Março a 22 de Abril.
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Por:Ana Maria Ribeiro
A peça, escrita pelo alemão Georg Büchner (em seis semanas, quando este tinha apenas 22 anos), inspira-se numa das páginas mais sangrentas da Revolução Francesa: as lutas de poder que se seguiram à instauração da República, com o consequente rolar de cabeças. Literal. Aera que ficou para a História como a do ‘Terror'.
No protagonista, está Miguel Borges, actor que Silva Melo diz ter sido condição imprescindível para querer fazer este trabalho.
"Estava desejoso de voltar a trabalhar com o Miguel e sem ele não haveria peça. Mas tinha de ser algo especial, porque o Miguel Borges não pode fazer papéis secundários", diz o encenador, que escolheu, para contraponto de um Danton delirante e dado aos prazeres da vida, Pedro Gil para dar corpo a um Robespierre moralista e reprimido.
Em cena, dá-se o confronto entre duas formas de ver a vida ("um dilema entre o prazer e a virtude", diz Silva Melo) e elogia-se a morte digna: a de Danton, que luta até ao último momento.
A peça é para ver no Centro Cultural Vila Flor dias 2 e 3 de Março, às 22h00.
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