Tuesday, 28 August 2012

OS PERIGOS DO CONSUMO DA MARIJUANA


Marijuana pode ser ainda mais prejudicial se consumida antes da idade adulta

Um novo estudo aponta para malefícios mais graves no consumo frequente de marijuana se tal acontecer na adolescência. A longo prazo pode haver uma queda do QI.

As implicações agravadas concluem-se porque os investigadores não verificaram a tendência de queda do Quociente de Inteligência (QI) quando o consumo frequente daquela droga se dá depois dos 18 anos. Assim sendo, os peritos vêem comprovada uma teoria que já havia sido lançada: que a marijuana é particularmente prejudicial em cérebros em desenvolvimento.

«Os pais deveriam entender que os seus adolescentes são particularmente vulneráveis», disse Madeline Meier, da Universidade de Duke. O estudo que Meier liderou foi ontem apresentado e contou com financiamento público dos Estados Unidos e do Reino Unido, e de uma fundação suíça.

Nos Estados Unidos, por exemplo, a marijuana é relativamente comum entre os adolescentes. Dados oficiais de Junho davam conta de que 23% dos estudantes do Ensino Secundário tinham fumado marijuana, mostrando que é até mais popular do que os cigarros.

O estudo agora concluído na Nova Zelândia debruçou-se sobre o modo como os registos de QI mudam entre os 13 e os 38 anos. Os investigadores dizem que as descobertas não são definitivas, mas que a metodologia agora usada deverá silenciar as críticas lançadas a estudos anteriores cujos resultados iam no mesmo sentido, mas que não tinham avaliado o desempenho mental antes do consumo de droga.

Foram testados participantes aos 13 anos, uma idade que se acredita ser anterior a consumos significativos daquela droga, e depois com 38 anos. Além dos testes de QI, houve várias entrevistas após a entrada na idade adulta. Concluiu-se que o declínio mental entre estas idades só se verificou nos que começaram a fumar regularmente marijuana antes dos 18 anos.

Richie Poulton, co-autor do estudo, regista que «para alguns é uma questão legal», mas o também investigador na Universidade de Otago (Nova Zelândia, onde esta droga é ilegal) vinca que no seu entender «é uma questão de saúde»


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