Despedida: Família deixa cinzas em Nova Iorque
Carlos Castro fica para sempre na Broadway
As irmãs de Carlos Castro e o amigo Cláudio Montez deixaram as cinzas do cronista num respiradouro do metro de Nova Iorque, cumprindo a sua vontade. A polícia acompanhou a cerimónia, marcada pela discrição
O último desejo de Carlos Castro foi ontem cumprido pelas irmãs e pelo amigo Cláudio Montez: as suas cinzas foram mesmo deixadas em Nova Iorque, mais propriamente em Times Square, na Broadway, onde o cronista ia sempre que visitava a Big Apple. Foi pelas 17h00 locais (22h00 em Lisboa) que os três se agacharam junto a um respiradouro do metropolitano e aí despejaram os restos mortais de Carlos Castro.
Quase ao mesmo tempo, mas na Basílica da Estrela, em Lisboa, família e amigos juntaram-se para a missa de sétimo dia da morte de Carlos Castro. Mais do que mostrar incredibilidade pelo homicídio, os presentes quiseram homenagear o homem "solidário e poeta" e recordar a sua alegria de viver e a vontade de fazer mais "pelo mundo do espectáculo.
Manuela Ramalho Eanes falou durante a homilia e recordou o momento que em conheceu Carlos Castro. "Era um lutador. Tinha uma enorme capacidade de ultrapassar dificuldades e problemas da vida", disse a presidente do Instituto de Apoio à Criança.
Visivelmente emocionada, Lili Caneças era a imagem da desolação. Amiga íntima do cronista, a socialite não deixou de se confessar uma mulher "sortuda" por ter feito parte da vida de Carlos Castro. "Tive a sorte de conhecer o seu lado bom, o seu lado humano, solidário, grandioso, de poeta", referiu Lili Caneças.
"AMIZADE COMEÇOU POR UMA MENTIRA QUE ELE ESCREVEU"
"Durante muito tempo o Carlos foi-me muito próximo, se bem que a nossa amizade começou por causa de uma mentira que ele escreveu sobre mim. Disse que me ia separar do Virgílio Castelo, quando tínhamos acabado de casar. Fui ter com ele a chorar e acabámos amigos", lembra Alexandra Lencastre, ainda chocada com o homicídio de Carlos Castro. "Fiquei muito impressionada com tudo o que lhe aconteceu. Ele não merecia. Quase que o imagino a pedir socorro, e eu não estava lá", lamenta. Romântica assumida, a actriz recorda uma teoria que ambos partilhavam: "Achávamos que era possível morrer por amor, e ele acabou por morrer assim."
O ADEUS A CARLOS CASTRO
Foi com um aplauso que os presentes se despediram de Carlos Castro no final da cerimónia religiosa que se realizou ontem à tarde na Igreja de Nossa Senhora de Fátima, em Newark, cidade vizinha a Nova Iorque. Os familiares e amigos ficaram na primeira fila, visivelmente emocionados. A dar apoio às irmãs do cronista foram Cláudio Montez e Wanda Pires. Mais de uma centena de pessoas, na sua maioria portugueses, assistiu à missa celebrada em português pelo padre João Antão.
"Não esperava que viesse tanta gente e estou muito feliz pelo apoio que a comunidade portuguesa demonstrou", declarou Cláudio Montez, à saída da igreja. A cerimónia religiosa foi celebrada na presença das cinzas de Carlos Castro que foram colocadas numa mesa do altar ao lado de uma fotografia do jornalista.
"Estou muito satisfeita com o apoio da comunidade portuguesa. Foi muito importante para nós e para a família", disse Wanda Pires.
As irmãs de Carlos Castro e o amigo Cláudio Montez deixaram as cinzas do cronista num respiradouro do metro de Nova Iorque, cumprindo a sua vontade. A polícia acompanhou a cerimónia, marcada pela discrição
O último desejo de Carlos Castro foi ontem cumprido pelas irmãs e pelo amigo Cláudio Montez: as suas cinzas foram mesmo deixadas em Nova Iorque, mais propriamente em Times Square, na Broadway, onde o cronista ia sempre que visitava a Big Apple. Foi pelas 17h00 locais (22h00 em Lisboa) que os três se agacharam junto a um respiradouro do metropolitano e aí despejaram os restos mortais de Carlos Castro.
Quase ao mesmo tempo, mas na Basílica da Estrela, em Lisboa, família e amigos juntaram-se para a missa de sétimo dia da morte de Carlos Castro. Mais do que mostrar incredibilidade pelo homicídio, os presentes quiseram homenagear o homem "solidário e poeta" e recordar a sua alegria de viver e a vontade de fazer mais "pelo mundo do espectáculo.
Manuela Ramalho Eanes falou durante a homilia e recordou o momento que em conheceu Carlos Castro. "Era um lutador. Tinha uma enorme capacidade de ultrapassar dificuldades e problemas da vida", disse a presidente do Instituto de Apoio à Criança.
Visivelmente emocionada, Lili Caneças era a imagem da desolação. Amiga íntima do cronista, a socialite não deixou de se confessar uma mulher "sortuda" por ter feito parte da vida de Carlos Castro. "Tive a sorte de conhecer o seu lado bom, o seu lado humano, solidário, grandioso, de poeta", referiu Lili Caneças.
"AMIZADE COMEÇOU POR UMA MENTIRA QUE ELE ESCREVEU"
"Durante muito tempo o Carlos foi-me muito próximo, se bem que a nossa amizade começou por causa de uma mentira que ele escreveu sobre mim. Disse que me ia separar do Virgílio Castelo, quando tínhamos acabado de casar. Fui ter com ele a chorar e acabámos amigos", lembra Alexandra Lencastre, ainda chocada com o homicídio de Carlos Castro. "Fiquei muito impressionada com tudo o que lhe aconteceu. Ele não merecia. Quase que o imagino a pedir socorro, e eu não estava lá", lamenta. Romântica assumida, a actriz recorda uma teoria que ambos partilhavam: "Achávamos que era possível morrer por amor, e ele acabou por morrer assim."
O ADEUS A CARLOS CASTRO
Foi com um aplauso que os presentes se despediram de Carlos Castro no final da cerimónia religiosa que se realizou ontem à tarde na Igreja de Nossa Senhora de Fátima, em Newark, cidade vizinha a Nova Iorque. Os familiares e amigos ficaram na primeira fila, visivelmente emocionados. A dar apoio às irmãs do cronista foram Cláudio Montez e Wanda Pires. Mais de uma centena de pessoas, na sua maioria portugueses, assistiu à missa celebrada em português pelo padre João Antão.
"Não esperava que viesse tanta gente e estou muito feliz pelo apoio que a comunidade portuguesa demonstrou", declarou Cláudio Montez, à saída da igreja. A cerimónia religiosa foi celebrada na presença das cinzas de Carlos Castro que foram colocadas numa mesa do altar ao lado de uma fotografia do jornalista.
"Estou muito satisfeita com o apoio da comunidade portuguesa. Foi muito importante para nós e para a família", disse Wanda Pires.
Por:Rita Montenegro/ Henrique Machado/ V.N./ V.B.
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