Defesa aposta na insanidade mental de Renato Seabra
Mais gordo, com um novo penteado e uma expressão facial grave, Renato Seabra, de 21 anos, regressou ontem ao Supremo Tribunal de Nova Iorque, onde o seu advogado, David Touger, entregou uma notificação de intenção de recorrer à "defesa psiquiátrica". No final da quinta sessão em tribunal, o advogado garantiu que vai tentar provar que "no momento em que os actos de que é acusado foram cometidos estava sob efeito de doença ou defeito mental", alegando desta forma insanidade mental.
Com base nestes argumentos, David Touger pretende que Renato Seabra seja internado numa instituição de saúde mental, evitando, desta forma, uma pena de prisão. Caso seja provado que o manequim de Cantanhede não teve consciência do crime que cometeu, a pena pode ser reduzida para menos de 25 anos de cadeia.
O juiz Charles Solomon decidiu que a defesa tem até ao dia 28 de Junho, data da próxima sessão, para entregar os relatórios psiquiátricos como se comprometeu a fazer há mais de três meses.
Como tem acontecido em todas as sessões em que o homicida do cronista português Carlos Castro, de 65 anos, é presente ao juiz, estava algemado e com um ar bastante abatido. Ontem, vestia umas calças de ganga, uma camisa branca e um blazer creme e apresentava um corte de cabelo diferente do que tinha na última sessão, a 29 de Abril. O jovem de 21 anos esteve sereno durante toda a audiência, não reagindo às palavras que eram ditas em tribunal.
O advogado justificou a aparência do seu cliente com "a grande pressão" de que tem sido alvo.
Recorde-se que, após uma forte discussão, Renato Seabra, que tinha viajado com Carlos Castro no final do ano passado para Nova Iorque para assinalarem a Passagem do Ano, agrediu o cronista com violência tendo-o ainda mutilado nos órgãos genitais já depois da a vítima estar morta, no Hotel Intercontinental, a 7 de Janeiro.
PORMENORES
TRANSFERIDO
A 12 de Abril, deixou o Hospital de Bellevue e foi transferido para a prisão de alta segurança de Rikers Island.
INTERCONTINENTAL
O autor confesso do crime e o cronista social estavam de férias em Nova Iorque, onde tinham assinalado a Passagem de Ano.
04-06-2011
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