Sunday, 29 December 2013

CÃO SAMARITANO



Cão não abandona amigo morto no meio da estrada Imagens do «bom-samaritano» estão a emocionar as redes sociais. Um cão recusou-se a abandonar o seu amigo morto no meio de uma estrada movimentada na China, debaixo de temperaturas de -15º.

O cão foi atropelado mortalmente por um carro, no dia 22 de dezembro, e o amigo permaneceu a noite inteira ao lado do seu amigo, recusando-se a mover-se. Uma moradora, Ma Hongyang, colocou um banco ao lado dos dois cães para evitar outra morte. «É nosso. Colocámo-lo ali para protegê-los de outro atropelamento», afirmou à «Sky News». «O cão esteve ao lado do seu amigo a noite toda. Os motoristas tiveram cuidado e não os atingiram», revelou outro morador de Yinchuan.
 
Depois de terem passado a noite no meio da estrada, os cães foram recolhidos por um dono de um restaurante. O homem levou o cão morto e o «bom-samaritano» acompanhou o amigo. Após o cão ter sido enterrado debaixo de uma árvore num parque local, o «bom-samaritano» desapareceu.

Friday, 27 December 2013

FIM DOS DINHEIROS PÚBLICOS PARA AS TOURADAS

Associação contesta financiamento público


Touradas recebem 16 milhões de euros


O movimento de cidadãos "Fim dos Dinheiros Públicos para as Touradas" manifestou esta terça-feira repúdio ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, face aos cerca de 16 milhões de euros do Estado aplicados nas touradas.

"A tauromaquia é uma atividade vegetativa que não gera riqueza e é incapaz de subsistir por si própria. Não faz sentido que continue a ser beneficiada uma minoria e meia dúzia de famílias em detrimento de outras áreas carenciadas como a educação ou a saúde", disse Inês Real, uma das porta-vozes da iniciativa, após reunião, na residência oficial do líder do Executivo, em São Bento.
 
Cerca de 16 milhões de euros em fundos comunitários, públicos e, sobretudo, locais, é o valor estimado de apoios às atividades taurinas, segundo estudo apresentado pelo referido movimento, vencedor da segunda edição de "O Meu Movimento", no Portal do Governo, que gerou 324 iniciativas e 33 mil apoiantes.
 

Wednesday, 25 December 2013

Tuesday, 24 December 2013

PERCUSSIONISTA DA BANDA DE CARLOS SANTANA SEM ABRIGO

 
 
Jornalista reúne percussionista sem-abrigo com Santana.
É a história que está a comover o mundo neste Natal.

Enquanto preparava a história de uma nova reportagem, um jornalista de São Francisco conheceu Marcus Malone, o sem-abrigo que outrora foi o percussionista da banda original de Carlos Santana. O repórter acabou por conseguiu reunir os dois amigos, separados há várias décadas mas que agora até vão voltar a gravar juntos.

 Marcus 'O Magnífico' Malone, como era conhecido, vivia nas ruas de Oakland há já mais de 40 anos. Conheceu Stanley Roberts, da KRON-TV, um dia em que este ali foi para gravar mais um excerto para a peça sobre despejos ilegais.

Contou-lhe que, antes de ir viver para a rua, fazia parte da banda de blues de Carlos Santana. Dizia até que, a banda original do famoso guitarrista teve o seu começo na garagem da casa onde vivia com mãe, no final dos anos 60. Embora um pouco cético relativamente às afirmações do sem-abrigo, Stanley acabou por confirmar a história e, na passada sexta-feira, levou Santana para fazer uma surpresa ao velho amigo.



MICHAEL BUBBLE: FELIZ NAVIDAD


JOHN LENNON'S "WAR IS OVER"...


Thursday, 19 December 2013

CÃO-GUIA SALVA CEGO

Cão-guia salta em trilhos do metrô de NY para salvar dono após desmaio


18.dez.2013 - O cão-guia Orlando acompanha seu dono Cecil Williams, 61, no leito de um hospital. O animal salvou a vida de Williams, que é cego, depois que ele desmaiou e caiu nos trilhos do metrô de Nova York, na última terça-feira (17) John Minchillo/AP
 
O cão-guia Orlando, um labrador retriever de quase 11 anos de idade, arriscou a própria vida ao saltar nos trilhos do metrô em uma estação de Manhattan, em Nova York (EUA), na última terça-feira (17). Tudo o que ele queria era salvar seu dono cego, que havia desmaiado e caído da plataforma.
 
Cecil Williams, 61, começou a se sentir mal na estação, no caminho para o dentista. "Ele tentou me segurar", disse Williams à agência de notícias Associated Press de sua cama no hospital, onde se recupera de ferimentos na cabeça após ter sido atropelado pelo trem.
 
Testemunhas disseram que Orlando latia freneticamente e tentou evitar que Williams caísse, sem sucesso. Quando o dono caiu, o cão-guia saltou para os trilhos e, mesmo com o trem se aproximando, tentou levantar Williams a todo custo.
 
"Ele o lambia, tentando fazer com que se movesse", disse Matthew Martin, uma das testemunhas, ao jornal "New York Post".

 Passageiros que estavam na estação, então, começaram a fazer sinais e pedir ajuda, e o maquinista desacelerou. Embora não tenha sido possível parar o trem a tempo, Willians e Orlando deitaram no vão que existe entre os trilhos e foram salvos --o labrador não se feriu.
 
 "O cão salvou minha vida", disse Williams. "Me sinto maravilhado. Sinto que Deus, uma força maior, tem algo reservado para mim. Não morri dessa vez. Estou aqui por uma razão", completou.
 
 Williams, que é cego desde 1995, agora se recupera dos ferimentos no hospital, onde pode ter a companhia de Orlando.
  
O labrador, que completará 11 anos de idade em janeiro, será aposentado, e Williams terá um novo cão-guia custeado pelo governo. Mas, como as despesas do aposentado Orlando não poderão ser custeadas, Williams está a procura de um novo lar para seu companheiro. "Eu com certeza gostaria de ficar com ele", disse, explicando que não tinha dinheiro para isso.
 

Wednesday, 18 December 2013

OLIVEIRA DE MONSARAZ TEM 2450 ANOS

Oliveira de Monsaraz com 2450 anos é a segunda mais antiga de Portugal

 As oliveiras perdem a parte interior do tronco à medida que envelhecem
  Paulo Pimenta/Arquivo

Árvore datada com método desenvolvido por investigadores de Vila Real.
 

Uma oliveira na localidade alentejana de Monsaraz foi datada com 2450 anos, através de um método inovador desenvolvido por investigadores da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em Vila Real.
 
Esta é a segunda árvore certificada mais antiga de Portugal, anunciou esta terça-feira a UTAD, em comunicado. A mais antiga árvore portuguesa conhecida é uma oliveira com 2850 anos e foi também certificada pela UTAD há dois anos, em Santa Iria de Azóia.
 
A oliveira de Monsaraz, cujo tronco precisa de sete homens para o abraçar, vai receber a “certidão de idade” num acto público que irá decorrer na quarta-feira, na aldeia localizada no concelho de Reguengos de Monsaraz.
 
O método de datação foi desenvolvido pela UTAD, em parceria com a Oliveiras Milenares, empresa no Vimieiro, perto de Arraiolos, que vende oliveiras ornamentais, e tem como mentores José Luís Louzada e Pacheco Marques, investigadores do Departamento de Ciências Florestais e Arquitectura Paisagista.
 
Esta metodologia consiste num cálculo, feito através de um modelo matemático que relaciona a idade com uma característica dendrométrica do tronco, como seja o seu raio, diâmetro ou perímetro. Recorre-se ainda o estudo de outras árvores, com características idênticas: de forma comparativa,como se fosse um puzzle, vai-se preenchendo com informações dessas árvores a parte interior do tronco que as oliveiras muito antigas já não têm, o que impede a datação por radiocarbono.
Este método não provoca a destruição da árvore, pois não obriga ao seu abate, nem provoca lesões que comprometam a sua sanidade.
 
Esta fórmula permite estimar a idade de qualquer árvore muito idosa, podendo ir até aos três mil anos, mesmo que ela tenha o seu interior oco.
 
A oliveira de Monsaraz faz parte de um conjunto de sete, inseridas nos espaços de uma unidade hoteleira local, que a UTAD acaba de certificar. A direcção do hotel pretende criar um percurso histórico dentro dos sete hectares que rodeiam a unidade e associar a idade das oliveiras a acontecimentos marcantes da história.
 

 

Tuesday, 17 December 2013

PRAXES DESENCADEARAM TRAGÉDIA DO MECO

 
Praia do Moinho: Praxes terão desencadeado tragédia no Meco
 
Sete jovens, envolvidos em praxes académicas, estão no centro da tragédia que ocorreu no sábado à noite na praia do Moinho, no Meco, em Sesimbra. Um estudante conseguiu salvar-se, mas os restantes seis foram levados pela força do mar. As autoridades já encontraram o corpo de um dos desaparecidos, os restantes cinco estão por encontrar. As buscas prosseguem para encontrar as quatro raparigas e o rapaz que não são vistos desde a noite de sábado.
 
Este era mais um fim-de-semana de praxes e diversão, como vem sendo habitual entre os alunos da Universidade Lusófona. Os sete estudantes, com idades entre os 20 e os 25 anos, que alugaram uma casa na pequena localidade de Aiana, em Alfarim, concelho de Sesimbra, estavam longe de imaginar que os três dias de diversão terminassem em tragédia, escreve esta segunda-feira o Diário de Notícias.
 
No sábado à noite, depois do jantar, os sete amigos resolveram ir até à praia do Moinho de Baixo, no Meco. Estavam trajados e sentados à beira-mar quando foram surpreendidos por uma onda que os arrastou. Apenas um jovem conseguiu salvar-se. Saiu do mar pelo próprio pé e alertou as autoridades. Outro jovem foi já encontrado, morto, e os restantes cinco continuam desaparecidos.
 
Durante o dia tinham estado a praxar os alunos mais novos. “Via-se bem que aquilo era uma praxe. Estava tudo na galhofa, mas a respeitarem o veterano”, disse ao Diário de Notícias um morador de Aiana.
 
As buscas por mar e terra foram retomadas esta manhã. Até ao meio-dia continuavam a revelar-se infrutíferas. Continuam cinco jovens desaparecidos: um rapaz e quatro raparigas, estudantes de cursos como Design de Comunicação, Comunicação Aplicada ao Marketing, Publicidade e Relações Públicas, Ciências da Comunicação e da Cultura e Gestão.
 
A Universidade Lusófona já declarou três dias de luto, tendo colocado a bandeira em meia-haste.
No areal da praia do Moinho vivem-se momentos de verdadeira aflição. Familiares e amigos dos jovens desaparecidos não querem acreditar na tragédia e aguardam que as autoridades encontrem os corpos das quatro raparigas e do rapaz que estão ainda por encontrar.
 

Saturday, 14 December 2013

O PITO E A GANCHA EM VILA REAL

 
É uma tradição com séculos de histórias e lendas e diz que, no dia de Santa Luzia, as mulheres de Vila Real dão o pito e em fevereiro, no dia de São Brás, os homens retribuem com a gancha.

 
 
 

Wednesday, 11 December 2013

CANÇÃO DE NATAL DE LUÍSA SOBRAL


PRAXE ALIMENTA LÓGICAS DE DOMINAÇÃO E DE BULLYING



A investigadora do Centro de Estudos Sociais Catarina Martins defendeu na terça-feira à noite, em Coimbra, que a praxe potencia "lógicas de dominação de grupo e 'bullying'" e considerou que a universidade tem de actuar.
 
"Há alunos que faltam às aulas porque estão na praxe e outros que não vão porque têm medo de ir à praxe", afirmou Catarina Martins, à margem do debate "Sexismo e violência(s) na praxe académica", que se realizou no Teatro da Cerca de São Bernardo.
 
A coação na praxe é "fortíssima", sendo que esta prática potencia "o conservadorismo, a obediência cega e reproduz modelos de autoridades dominantes. É o poder pelo poder", frisou a investigadora e docente da Faculdade de Letras.
 
Catarina Martins sublinhou que tem de ser feito um "trabalho de mudança das mentalidades", através da discussão do tema, apesar de constatar que "os praxistas entendem a praxe quase como um dogma", havendo um "elevado grau de fanatismo".
 
"A Universidade de Coimbra deveria proibir a praxe, na medida em que é violadora dos direitos a uma boa formação dos alunos", porque estes, segundo Catarina Martins, "são atemorizados". A praxe "tem no seu código genético o autoritarismo, as hierarquias, o sexismo. Pode ser abolida", salientou.
 
A antropóloga Cátia Melo, outra das oradoras do debate organizado pela União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR), criticou o facto de a praxe - "uma prática em que o preconceito e a discriminação são exponenciados" - estar também classificada como património imaterial da UNESCO.
 
A também membro do núcleo de Coimbra da UMAR considerou que há "assédio sexual", no decorrer da praxe, e que a linguagem usada em canções e palavras de ordem é "extremamente violenta contra a mulher".
 

CADELA ESPERA PELO DONO À PORTA DO HOSPITAL


Tuesday, 10 December 2013

FRANCESINHA DE MARISCO

                                         Artur Machado
Francesinhas: Nesta receita não falta lagosta
 
Irmãs inventaram francesinha de marisco
 07/12/2013 | 00:00 | Dinheiro Vivo
 


Há menus diários para almoço por 4,20€ mas também vários pratos inéditos para encomendar e levar para casa. O Avenida Mar é um take away diferente, criado por duas irmãs do Porto que decidiram abandonar as suas profissões para fazer aquilo que mais gostam, com receitas criadas em casa e testadas por amigos. Pizas, hambúrgueres, lasanha e francesinhas feitas integralmente com marisco estão entre as inovações que surpreendem os clientes.
 
Ana Cardoso e Cristina Lemos, de 34 e 42 anos, respetivamente, vêm de uma família grande e à qual adicionaram muitos amigos - o que contribuiu para terem sempre a casa cheia de gente. Aos fins de semana, ficavam todos reunidos de volta dos petiscos que as irmãs cozinhavam - e foi assim, quase por acaso, que nasceu a ideia. “Só quando íamos a casa da mãe, onde era ela que cozinhava para nós, é que tínhamos folga. Mas ela nunca nos imaginou de roda dos tachos”, admite Cristina, ex-administrativa numa clínica.
 
Cansadas dos empregos chatos das 9h às 17h, Ana e Cristina pararam dois anos para inventar e testar receitas para criar as suas especialidades. O Avenida Mar abriu há apenas dois meses, na Avenida de Fernão de Magalhães, no Porto. “Os amigos passaram a ser as cobaias das receitas”, brinca Ana Cardoso, ex-organizadora de casamentos - um trabalho que considera “ingrato, pela falta de reconhecimento face à dedicação que exige”.
 
Juntas, investiram cerca de 25 mil euros para se instalarem no local já equipado. Ana ficou encarregue da gestão do negócio, do marketing da empresa no Facebook e do atendimento aos clientes, não esquecendo a organização de “pequenos eventos em casa dos clientes”. E Cristina ficou como responsável principal pelo fogão.
 
Após uma década a trabalhar com “os clientes mais exigentes do mundo, as noivas”, Ana Cardoso aprendeu uma lição valiosa, que usa diariamente: “Não se pode enganar os clientes e brincar com a comida que se serve, porque nesse caso só se enganam uma vez e não voltam.” É por isso que a francesinha de marisco - a original, que nada tem que ver com as homónimas que “só levam um camarão em cima” - leva lagosta, mexilhão, camarão, amêijoa e miolo de camarão em abundância. E custa o mesmo que a tradicional.
 
No último jogo do FCP, as irmãs não tiveram “mãos a medir” com os clientes que levavam uma empada ou uma quiche de marisco para o caminho. Agora, é só crescer. E, quem sabe, abrir mais lojas pelo país fora. “Há restaurantes a fechar todos os dias, mas os que são mesmo bons estão sempre cheios”, lembra Ana.
 

Saturday, 7 December 2013

A TUA FRANCESINHA É MELHOR QUE A TUA?

A minha francesinha é melhor do que a tua?


Por Andreia Marques Pereira
 
14.05.2011
 
O site AOL Travel anunciou o que no Porto parece ser "conhecimento" comum - a francesinha é uma das dez melhores sanduíches do mundo. Já é, há muito tempo, um dos ex-líbris gastronómicos mais queridos da cidade, onde todos parecem ter a sua francesinha preferida, "a melhor", claro. A Fugas perguntou e não tirou teimas, mas acabou com um dos roteiros possíveis pelas "melhores" francesinhas portuenses.
        
Parece ser comum a resposta em jeito de confissão: "Já comi mais". Francesinhas, dizemos, que por estes dias conhecem a ribalta à boleia da sua recente eleição, pelo site AOL Travel, como uma das dez melhores sanduíches do mundo - Rui Moreira "desvaloriza" essa eleição como "redundante": a distinção merecida seria ser "a melhor do mundo", brinca. Afinal, no Porto, "todos já o sabiam": na cidade-mãe, a francesinha é um dos ex-líbris gastronómicos - apreciada por locais e, pelo menos, procurada por visitantes que não querem deixar a cidade sem a experimentar, inclusive estrangeiros: quem nunca viu anunciada little french girl à porta de cafés ou restaurantes nunca calcorreou as ruas portuenses.
 
E é com a tradução little french girl (ou little frenchie) que o AOL apresenta a francesinha como uma das melhores sanduíches do mundo, a par de outras vindas da China ou do México, da Índia ou Dinamarca. A genealogia francesa é (inevitavelmente) referida, o antepassado croque monsieur é (devidamente) distinguido, mas a francesinha, escrevem, é como se fosse uma versão deste em "esteróides". Esquecem-se do nome do emigrante português, Daniel da Silva, que, em meados do século XX, de regresso a "casa", o "injectou" com os "gostos portugueses" - a sanduíche francesa de fiambre e queijo foi acrescentada de bife, salsichas e linguiça, "coroada" com queijo derretido e suavizada com molho de "tomate e cerveja".
 
Tornou-se, assim, uma super-sanduíche (montada no prato, para comer com garfo e faca), tanto que do lanche, o seu território original, rapidamente passou para a ceia e agora até se faz refeição - sobretudo quando acompanhada de batatas fritas e ovo, que a fazem "especial" (e esta é a mais comum das "variações" da francesinha: há-as com camarão, com outras carnes, até vegetarianas).
 
E assim voltamos ao início - quem "já comeu mais" "acusa" esta combinação de não ser facilmente suportável durante muito tempo: o que a torna única e irresistível é também o que a torna um pecado para a linha, um peso para o estômago. No entanto, cair em tentação regularmente faz parte da rotina de quem a aprecia - acompanhada por cerveja é o casamento ideal. E quem a come regularmente sabe que aferir "a melhor francesinha" é uma questão "fracturante": normalmente a discussão reduz-se ao molho - o que há no molho de uma francesinha é um dos enigmas gastronómicos da cidade. Certo, certo é que todos parecem diferir, nem que seja um pouco, o necessário, enfim, para distinguir as francesinhas preferidas (e isso significa o locais onde são feitas).

A Fugas decidiu fazer um "inquérito" entre alguns portuenses e o resultado não foi um tira-teimas, é um roteiro informal pelas "melhores" francesinhas.

Manuel Serrão (empresário) | Duvália e Capa Negra

Pode não ser muito fiel a "uma" francesinha - que é como quem diz, a um local: "como em muitos sítios" -, mas Manuel Serrão não tem dúvidas de qual é a sua preferida. No caso, preferidas, porque todos os encómios são repartidos entre a Duvália e o Capa Negra. "São as melhores no Porto", afirma o empresário, que come francesinhas "todos os meses". "Confesso que já comi mais", reconhece, "mas a idade não perdoa". "Agora", prossegue, "porto-me melhor". Ou seja, explica, deita-se mais cedo - e as francesinhas comia-as sobretudo nas ceias que ajudavam a sustentar noites longas. É que comê-las antes de ir para a cama é proibido - "Ela é pesada, eu também sou pesado", brinca. E é uma sanduíche - "a melhor" na sua opinião -, não uma refeição. "Para ser bem apreciada deve ser comida ao lanche ou ceia", considera. "Talvez com batatas" possa substituir uma refeição, concede, sem grande convicção. Afinal, Manuel Serrão aprecia a francesinha a solo, isto é, sem batatas - mas com uma "cervejinha de pressão, Super Bock", a acompanhar. E sem o bife ou carne assada, que tira. O que para si conta mesmo são os molhos, as salsichas (têm de ser irrepreensíveis) e o queijo. São os ingredientes mágicos - e se normalmente se diz que o segredo das francesinhas está no molho, Manuel Serrão involuntariamente mostra que concorda: ele que até sabe fazer francesinhas, embora não as faça (e não é sequer pela "torradeira especial" que não tem) se fizesse, diz, teria apenas de ir buscar o molho. Contudo, não importam os ingredientes e as combinações: "Não devemos considerar a francesinha um prato típico", defende "porque não é um prato". "É uma sandes, rica e poderosa, que temos de saber cuidar".

Bento Amaral (chefe da Câmara de Provadores do Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto) | Capa Negra

É "grande fã" das francesinhas e, por isso, lamenta não as comer "com a regularidade que gostava". Por uma questão "de saúde", e "para tentar manter minimamente a linha", Bento Amaral come "mensalmente" francesinhas - no Capa Negra, sobretudo, a sua preferida. O Fonteluz, em Matosinhos, também recebe as visitas do chefe da Câmara de Provadores do Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto e normalmente mantém-se nesse circuito. "Como não como tantas vezes quanto isso, quero ter a certeza de que é boa", explica, embora também receba com bom grado recomendações de amigos. E boa, para si, é uma questão de "equilíbrio" no molho e na forma como o pão é torrado. Depois, claro que é importante a qualidade do recheio - do bife, da linguiça e da salsicha. O ovo dispensa ("já me parece um excesso" - mas, sem qualquer ortodoxia, reconhece que "depende do gosto"). De resto, gosta das francesinhas com tudo - batatas fritas ("a guloseima para além da guloseima"), doses extra de molho... Todavia, não deixa de considerar que a francesinha é "ela própria uma óptima combinação".

No final da adolescência, juventude, "era capaz de comer uma francesinha depois do jantar". Por estes dias, a francesinha é uma "sanduíche refeição", pela qual até abre uma excepção substituindo o vinho pela cerveja, de que não é grande apreciador. "Preta, de pressão" é a sua eleita. Preta porque tem um "gosto especial" por ela, de pressão pelo gás ("ajuda a limpar a boca"), pela vivacidade. A acompanhar com vinho teria de ser um branco, "intenso e aromado" - o picante da francesinha iria tornar mais agressivo o vinho tinto.

Ilda Figueiredo (eurodeputada) | Mon Ami
 
 Apanhámos Ilda Figueiredo na Islândia, em visita do seu grupo de trabalho do Parlamento Europeu, mas a resposta à pergunta "qual a sua francesinha preferida?" sai pronta - uma ponte instantânea para Portugal. O Mon Ami, em Vila Nova de Gaia, merece a distinção da eurodeputada eleita pela CDU. O Capa Negra (Porto) também leva elogios. Sim, Ilda Figueiredo gosta de francesinhas, sobretudo da combinação do "queijo e do molho". "E esse é o problema", graceja. Afinal, é o que mais contribui para que seja "uma comida um bocadinho pesada"; por isso, não come muitas vezes. Já comeu mais, "quando era mais nova, há uns anos". Agora, só "de vez em quando", a "original, sem mais nada". É uma refeição: "francesinha e imperial".

Rui Moreira (presidente da Associação Comercial do Porto) | Gambamar

A surpresa vem no final, mas dura pouco. Depois de ouvirmos uma série de elogios à francesinha, perguntamos a Rui Moreira, quase por retórica, pensávamos nós, se a distinção à francesinha é merecida. "Não", é a resposta ouvida. Mas nem temos tempo de reagir porque a justificação vem em catadupa. "A distinção só não é merecida porque não foi eleita a melhor do mundo". Este reconhecimento, diz o presidente da Associação Comercial do Porto, é "redundante": "Todos nós já sabíamos que era uma das 10 melhores sanduíches do mundo".

E a melhor das melhores, na opinião de Rui Moreira, é a do Gambamar. "Gostava de saber o truque". Acredita que o que separa esta francesinha das outras é o tempo de preparação. "No Gambamar demora", reconhece, "nota-se que o aquecimento é mais lento, o pão fica, como se diz em inglês, crispy [estaladiço], não amolece com o molho". O molho que é importante - sem esquecer a "qualidade da carne" -, já que "é o que separa a francesinha do croque monsieur".

Por "razões de linha" - "ser magro exige sacrifícios", graceja - não come francesinhas muitas vezes, apesar de gostar muito. Mas é tudo uma questão de circunstâncias: por exemplo, a seguir ao futebol, conta, sabe bem uma francesinha com sangria - ou cerveja. Ao balcão. "Uma francesinha não se come à mesa", diz, "mas sim ao balcão à conversa com amigos" - associa-a ao "convívio social" e a um facilitador de consensos ("para chegar a um acordo rápido no grupo, pedem-se umas francesinhas"). "Não vou propriamente a restaurantes para comê-la como prato principal", revela, "apesar de agora haver muitos que a servem assim". Não tem dúvidas é de que a francesinha é uma das "três grandes embaixadoras gastronómicas portuenses" - juntamente com as tripas e o vinho do Porto.

Teresa Lago (astrónoma) | Gambamar

Ainda hoje se surpreende "como comia francesinha ao lanche". "Já fui fã intensíssima", confessa Teresa Lago. "Agora, nem refeição principal". O estômago já não aguenta, "é um pouco pesado, intenso". E a astrónoma está "mais frugal": "Agora é mais saladas e fruta". Recorda a última "tentativa desesperada" de comer uma francesinha, há mais de 20 anos, após o regresso de Inglaterra. "Acho que foi no Gambamar", reflecte. Desde então, nunca mais comeu uma, só "tem partilhado dentadinhas", quando está "acompanhada de alguém bastante mais novo".

Na altura em que era "frequentadora" das francesinhas, ia muito a um café em Vila Nova de Gaia, de que já não recorda o nome. Recorda, sim, as "francesinhas fora de série". E isto foi antes de ir para Inglaterra. Tem saudades, sim, das francesinhas, mas, novamente o estômago a interpor-se: "Não tenho é estômago". "Uma mistura daquelas, carnes, queijos, salsicha, linguiça..." E o molho. A comida para si agora é mais simples. "Para mim foi uma fase. Houve uma altura em que gostava de bifes grandes, agora já não". Embora, confessa, continue a ir regularmente às tripas e à feijoada. As francesinhas: crê que também é o molho que a afasta - e os camarões, em algumas. De qualquer forma, não a surpreende a distinção do AOL Travel. "Sei que é muito apreciada", diz, "tenho amigos estrangeiros que quando vêm é uma das coisas que querem provar". "Acho que vem nos guias ou assim. É curioso..." Teresa Lago apresenta-lhes outras especialidades do Norte, mas ninguém vai embora sem experimentar a francesinha. A dose completa, batatas incluídas. "Acho que a vêem mesmo como típica de cá".

Rui Paula (chef) | DOP

Quando lhe ligámos, o chef Rui Paula não sabe da distinção da francesinha do site AOL Travel, por isso surpreende-se com a coincidência: três dias depois, a francesinha passará a fazer parte do menu do seu (ainda) novo DOP, que se veio juntar ao DOC na "família" do chef. Por estes dias, portanto, quem for ao restaurante na Ribeira encontrará uma francesinha gourmet na carta - "como entrada", ou seja, em "dose contida". Entre outros sabores típicos - como o bacalhau à Gomes de Sá -, esta nova adição é uma forma de "ter gostos da cidade na ementa". E um gosto caro ao chef Rui Paula, que recorda com prazer as francesinhas que comia com a mãe, grande apreciadora, durante o período em que viveu na cidade, quando frequentou o Liceu Alexandre Herculano "entre o 9.º e o 12.º ano".

"Tenho na memória a francesinha de quando vivia no Porto", explica, por isso, quando regressou agora à cidade deu conta de "que em determinados sítios a francesinha está completamente adulterada". A do Gambamar, onde vai regularmente (nem sempre para comer francesinha, que come "de vez em quando"), é "aproximada" dessas do antigamente, "mas não é consistente". A "sua" francesinha tenta resgatar as das cervejarias de antigamente e é, claro, a sua preferida - é feita à sua medida: "É como eu gosto. Quando fazemos o que gostamos, as probabilidades de errar são menores".

O segredo: o "molho muito bem feito" - e para o conseguir são necessárias "quatro a seis horas" - a partir de uma base de "caldo de carne ao natural", a que se juntam "mostarda, cerveja e outras coisas das francesinhas". O resultado será "aveludado", com um "picante suave", para servir "sempre fresquinho e a rolar". Se o segredo está no molho, este não servirá de muito sem o resto: bife do lombo ("altinho, de maneira a que nunca fique seco, selado em azeite de um lado e do outro") e enchidos ("a mais fresca salsicha" e "linguiça caseira de Trás-os-Montes") de "primeiríssima qualidade" ("não primeira", sublinha) - estes últimos, muito finos, "para não se sobreporem, para não ser maçudo" - cozinhados quase "em carpaccio". O acompanhamento no DOP será com batata rosti, "não frita": coze-se com a pele durante 10 minutos para depois ser esfiapada com um ralador de cenoura, misturada com queijo e ervas e ir ao forno num tapete de silicone - o resultado tem aspecto cilíndrico. Tudo compõe um tratamento distinto para um embaixador da gastronomia portuense. "Quando é bem feita, é única".
 
http://fugas.publico.pt/RestaurantesEBares/284923_a-minha-francesinha-e-melhor-do-que-a-tua?pagina=-1
 
 

DURANTE QUATRO DIAS É A FRANCESINHA QUE REINA EM LISBOA


Durante quatro dias é a francesinha que reina em Lisboa

As tradicionais francesinhas da Invicta chegam a Lisboa para, de 4 a 8 de Dezembro, conquistarem os paladares alfacinhas. A afluência têm sido tal que, nos primeiros dias, muitos esperaram e desesperaram. O fim-de-semana já deverá ser mais saboroso...

As conceituadas casas Cufra (Porto), Majára (Matosinhos), Lado B (Porto) e Tappas Caffe (Vila Nova de Gaia) trazem à capital a especialidade já reconhecida como uma das dez melhores sanduíches do mundo, num evento de quatro dias, com entrada gratuita, na Feira Internacional de Lisboa – Parque das Nações.
 
 A afluência tem sido tal que, nos primeiros dias, já houve quem tivesse esperado três horas para comer uma francesinha e até quem nem tenha passado da entrada, avisado pelos seguranças de que estava esgotado.
 
Artur Ribeiro, director-geral do Lado B, um dos restaurantes com stand no festival confirma que o tempo de espera, devido às condições dos stands, tem sido de facto a principal queixa das centenas de pessoas que têm passado pela FIL durante estes dias. Só na quinta-feira, à hora de almoço, "havia filas de mais de 50 pessoas por stand”. Um “excesso de público”, como explica Artur Ribeiro à Fugas, que não era esperado por organizadores nem participantes. “A incerteza sobre como seria a recepção das pessoas era grande, pois a francesinha é um prato tipicamente do Porto.”

A verdade parece ser que tanto lisboetas como visitantes “adoram” a francesinha e, afirma Artur, por isso já estão a melhorar condições para receber a “enchente” do fim-de-semana. Já instalaram mais mesas, mais caixas de pagamento e mais grelhas para poder responder a todos os pedidos sem grandes demoras. Para Artur e o seu Lado B esta é, sem dúvida, uma experiência a repetir e assegura que já estão a ser agendados outros eventos dedicados à francesinha em 2014.
 
 Francesinha à conquista do mundo
 
Reza a história que o criador desta sanduíche "de babar", como descreve o site norte-americano Aol Travel, foi Daniel Silva na década de 1960 que, depois de estar imigrado em França, criou a agora conhecida francesinha com base na tosta francesa “croque-monsieur”. Daí o nome da sanduíche.
 
 Mas não ficam de fora outras histórias sobre a sua origem, menos unânimes entre os populares, que remontam aos tempos das invasões francesas (porque os soldados franceses comiam sanduíches em pão de forma nas quais colocavam toda a carne que tinham e queijo; os portuenses fizeram o resto, o molho) ou ainda a história de se chamar Francesinha porque, como este prato era picante, lembrava as mulheres francesas mais “apimentadas”, na altura, que as portuguesas.
  
Mas histórias há muitas. E o que fica é o sabor. E as francesinhas vão estar prontinhas a saborear durante quatro dias em Lisboa. Para os menos familiarizados, a francesinha é uma sanduíche recheada com linguiça, salsicha fresca, fiambre e bife, coberta de queijo, sendo depois "regada" com um molho picante, considerado a alma da receita, à base de tomate e cerveja. Ovos estrelados (no topo da sanduíche) e batatas fritas são ingredientes facultativos.
 
 1º Festival da Francesinha de Lisboa
 
FIL – Parque das Nações (entre o Pavilhão 3 e 4)
4 a 8 de Dezembro - 12h às 24h
Entrada gratuita
Francesinha simples 10€; dose de batatas fritas 2€; bebidas 3€
 
http://fugas.publico.pt/RestaurantesEBares/328293_durante-quatro-dias-e-a-francesinha-que-reina-em-lisboa

Wednesday, 4 December 2013

CÃO VISITA CRIANÇA EM COMA TODOS OS DIAS




Cão visita criança em coma todos os dias desde o seu nascimento Um cão chamado Tascha visita uma criança alemã todos os dias, de dez anos, que se encontra em estado vegetativo desde que nasceu.

http://www.noticiasaominuto.com/mundo/140358/cao-visita-crianca-em-coma-todos-os-dias-desde-o-seu-nascimento#/615/2

Saturday, 30 November 2013

LEOPARDO CAÇA UM MACACO E DESCOBRE QUE ELE TEM UM FILHOTE...


FESTIVAL DA FRANCESINHA NA FIL


A Feira Internacional de Lisboa vai receber, pela primeira vez, de 4 a 8 de Dezembro, o Festival da Francesinha. A super sanduíche portuense de bife, salsicha e linguiça frescas, envolvida em queijo derretido e com um molho especial, pode ser confeccionada de diferentes formas, como poderemos ver. Neste festival, há ainda mais uma: a especialidade única de francesinha de porco no espeto. Entre os restaurantes presentes contam-se as cervejarias portuenses Cufra, Lado B e Majara, e o Tappas Caffe. O Festival da Francesinha decorre entre as 12h00 e as 23h00. A entrada é livre. Se há coisa que não vai faltar na FIL, no início de Dezembro, é animação. Em simultâneo com o Festival da Francesinha decorre o FIL Outlet, o parque de diversões FIL Diverlândia e ainda a Feira Natalis.
 

Wednesday, 20 November 2013

"MÃES DE BRAGANÇA": EMPRESÁRIO DE ALTERNE DETIDO


Esta foi uma das fotografias publicadas no Facebook que ajudaram a PJ a seguir Camilo Gonçalves DR

Capturado empresário da noite que esteve na origem da inquietação das "Mães de Bragança" António Gonçalves Rodrigues 20/11/2013 - 07:52 Camilo Gonçalves foi condenado à revelia, em 2007, a sete anos de prisão por lenocínio. Desde 2004 andava entre Portugal e Espanha, abriu novos bares e até publicava no Facebook.
 
A Polícia Judiciária e a GNR puseram fim, na segunda-feira, à fuga do mais conhecido empresário da noite de Bragança que já durava desde 2004. Camilo Gonçalves foi detido junto à fronteira com Espanha, em Quintanilha, numa operação que contou com a colaboração das autoridades do país vizinho, aonde tinha ido almoçar com amigos.
 
A Polícia Judiciária seguia-lhe os passos há cerca de uma semana. O empresário da noite foi condenado por lenocínio e apoio à imigração ilegal a nove anos de prisão em 2007, num julgamento à revelia, num processo desencadeado pelas queixas das "Mães de Bragança", que se queixavam de que a afluência de prostitutas brasileiras à cidade estava a desfazer muitos lares. Camilo Gonçalves estava fugido desde 2004, ano em que uma rusga policial nos bares de alterne da cidade do Nordeste Transmontano levou ao encerramento de perto de uma dezena de estabelecimentos do género.
 
Camilo Gonçalves era dono do bar ML, cuja propriedade acabou por reverter para o Estado, já que o tribunal entendeu que ali se praticava alterne e prostituição com mulheres que o empresário trazia do Brasil. O empresário foi ainda condenado a pagar 1,8 milhões de euros ao Estado.
 
O caso começou em Abril de 2003, quando um grupo de quatro mulheres, o autodenominado "Mães de Bragança", entregou um manifesto às autoridades, pedindo-lhes que interviessem para pôr cobro ao grassar de prostituição em Bragança, que ameaçava os seus casamentos.
 
Situado num monte sobranceiro à cidade, perto do santuário de S. Bartolomeu, o bar ML nasceu nas instalações da discoteca Montelomeu. Era o maior da zona e o que teria mais "meninas" a trabalhar, que nos tempos áureos do negócio seriam dezenas.
 
Capa na Time

Foi um período de grande animação nas ruas da cidade e, sobretudo, no comércio tradicional. Ourivesarias, cabeleireiros, lojas de pronto-a-vestir e mesmo taxistas, que chegavam a levar "meninas" às compras ao Porto, nunca mais voltaram a fazer tanto negócio como esses anos. O rebuliço chamou inclusivamente a atenção da revista norte-americana Time, que, em Outubro de 2003, fez capa com aquilo a que chamou o novo "Red Light District" da Europa. Essa escolha editorial causou mal-estar em Bragança e desagradou até ao Governo, que chegou a suspender a publicidade ao Euro 2004 na revista.
 
Uma estudante brasileira, Priscila Araújo, da Universidade Federal de Viçosa/Minas Gerais, Brasil, esteve quatro meses no Instituto Politécnico de Bragança a desenvolver o estudo O Caso das Meninas de Bragança. Priscila acabou por descobrir que havia uma agência especializada em Braga que fazia o recrutamento no Rio de Janeiro. Segundo lhe foi revelado por um empresário da noite local, a maioria das "meninas" era oriunda de Minas Gerais, Goiás e Goiânia. Segundo contou ao Expresso em 2008, em Bragança as prostitutas eram "muito bem tratadas pelos donos dos bordéis e tinham bastante liberdade", ao contrário do que acontecia no resto do país ou em Espanha.
 
Camilo era, então, um dos empresários de maior sucesso. A sua ML chegou mesmo a patrocinar o clube de futebol local, o Grupo Desportivo de Bragança, ainda que por pouco tempo, devido à onda de indignação que se levantou. Mas o placard publicitário do bar perdurou durante anos no estádio municipal.
 
Aquando da rusga de Fevereiro de 2004, Camilo Gonçalves fugiu, pensa-se que para o Brasil, suspeitando-se de que terá tido acesso a informação privilegiada. Também passou por Espanha, onde terá voltado a explorar bares de alterne, em Alcanices, a poucos quilómetros da fronteira de Quintanilha onde foi agora detido. Ultimamente vivia em Setúbal, onde a Polícia Judiciária acreditava que explorava casas de diversão nocturna através de "testas-de-ferro". Mas ia regularmente ao Nordeste Transmontano, ver família e amigos, chegando mesmo a divulgar fotos dessa presença no Facebook.
 
Essa “petulância” terá ajudado a PJ a capturá-lo. Agora com 46 anos, Camilo Gonçalves estava a ser vigiado há cerca de uma semana. Na segunda-feira foi a Espanha almoçar com amigos, no carro de um cunhado, aposentado da GNR. No regresso, a Guardia Civil fechou a ponte internacional de Quintanilha, desviando o trânsito para a antiga Estrada Nacional 218, “por razões de segurança”, explicou ao PÚBLICO fonte da GNR. “Poderia ser necessário disparar algum tiro. Mas não, correu tudo de forma impecável”, conta a mesma fonte sobre a detenção que levou Camilo Gonçalves ao estabelecimento prisional de Bragança.
 

Tuesday, 19 November 2013

Friday, 1 November 2013

VÍTIMA DO COLÉGIO MILITAR QUEBRA O SILÊNCIO


João Vaz sofreu danos no ouvido com violência física
 

Vítima do Colégio Militar "quebrou a Regra do Silêncio"

 
Testemunhas confirmam o “terror” vivido no ano letivo 2006/2007 e início de 2008 por parte dos graduados, que puseram as vítimas de parte por denunciar abusos sofridos.
 
Por:Zahra Jiva
 
Na tarde de hoje, no Campus de Justiça, em Lisboa, deu-se uma nova sessão de julgamento face ao caso dos maus tratos no interior do Colégio Militar por parte de oito ex-alunos a três estudantes, menores na altura.
 
O julgamento começou com as declarações de Rita Silva, médica neurologista que tratou dos ferimentos de João Vaz quando este chegou ao hospital. A médica garante que os danos causados ao ouvido do João só poderiam ter acontecido com uma “chapada em concha”. A médica declara ainda “o João esteve sete anos a ser acompanhado no Hospital Dona Estefânia por causa de cefaleias constantes”, na sequência de ter furado um tímpano quando levou uma bofetada.
 
Já Pedro Antunes, um antigo colega de turma e camarata de João explica pormenorizadamente o que aconteceu ao seu colega. “O João foi levado para a casa de banho pelos colarinhos, pelo Rui Capicho e o Garcia. Ouvia-se eles a gritarem e o João também a gritar, como se o estivessem a aleijar. O Capicho calçou a luva castanha e deu um estaladão ao João”.
 

A testemunha contou que depois das agressões terem sido expostas, os graduados puseram de parte o João. “Eles diziam que o João tinha ido contar aos pais e que estava a prejudicar a imagem do colégio e a trazer problemas”, explica. Naquela escola existia a “Regra do Silêncio” e não poderia ser quebrada. 

Acrescenta que eram tratados como “montes de m… ou baldes de m…” e era frequente serem castigados. Existiam dois tipos de castigo, os graves e menos graves. Os primeiros consistiam em levar com badarfos e os segundos, teriam que fazer séries de 50, 60 flexões. Pedro conta que não poderiam recusar os castigos porque seriam aplicados castigos piores.
 
No entanto, não fora apenas João, André e Bruno e a sofrer agressões. Também Pedro diz ter sofrido agressões quando um dia um dos arguidos bateu-lhe com uma moca na perna.
 
Mas, as alegações de Pedro vão ainda mais longe quando afirma “os professores sabiam do estado de saúde do João e nunca se questionaram”. Os graduados tentavam esconder o que se passava: “Quando algum oficial, comandante ou alguém da Direção do Colégio aparecia e nós estávamos a fazer flexões, os graduados mandavam-nos levantar mas, logo de seguida mandavam-nos encher novamente”, afirma.
 
Sem um pouco de esperança que as coisas possam mudar no Colégio Militar, Pedro revela “assumíamos que eles tinham esse poder porque quando eles eram mais novos tinha sido assim, connosco foi assim e será sempre assim com os alunos que virão”, revela.
 
Ainda uma das testemunhas que deveria ter sido hoje ouvida, não compareceu. O Capitão Pinto Pereira, oficial do Exército que desempenhava funções de comandante de companhia do Colégio Militar em 2007 e 2008, deveria ter estado presente na audiência de hoje contudo, o tribunal não o consegue notificar desde dezembro, apesar de três tentativas já terem sido feitas.Uma nova sessão foi marcada para 7 de novembro.
 
 
 

Saturday, 5 October 2013

EX-FORCADO AGRIDE SOCORRISTA NO CAMPO PEQUENO

Pedro Lopes (na foto) foi agredido por Carlos Grave 

Lisboa: Confusão gerada após pega falhada do grupo de forcados
Ex-forcado agride socorrista Antigo cabo dos Forcados de Santarém agrediu socorrista da Cruz Vermelha
 Por:Patrícia M. Carvalho
 
A Corrida de Gala à Antiga Portuguesa que se realizou anteontem à noite, no Campo Pequeno, em Lisboa, terminou com a detenção do antigo atleta olímpico de hipismo e ex-cabo dos Forcados Amadores de Santarém, Carlos Grave, que agrediu um socorrista da Cruz Vermelha Portuguesa. Tudo aconteceu após a 5ª pega levada a cabo pelo grupo de Forcados de Santarém. Carlos Grave, que assistia à tourada, saltou para o burladero da trincheira (zona junto à arena, chamada também de esconderijo) para tirar satisfações com um dos socorristas. Acabou por agredir o jovem de 19 anos, tendo sido detido de imediato pela PSP. Já o socorrista, Pedro Lopes, foi transportado para o Hospital de Santa Maria com a cana do nariz partida. A confusão gerou-se quando um dos forcados foi atingido pelo touro, tendo ficado quase inanimado na arena. Os socorristas da Cruz Vermelha entraram de imediato no recinto com a maca para transportar o ferido. No entanto, e apesar das tentativas do bandarilheiro para distrair o touro, o animal voltou a investir contra o grupo de forcados, onde estavam também os socorristas. Perante o perigo, os técnicos da Cruz Vermelha abandonaram a arena, regressando à zona do burladero. Também o forcado, que tinha um colar cervical posto, conseguiu levantar-se a tempo e escapou ao animal. Carlos Grave, de 55 anos, não gostou da atuação dos socorristas e saltou para a zona entre barreiras para tirar satisfações, dando origem a uma troca de palavras e à consequente agressão. Ao CM, Carlos Grave admitiu ter perdido a cabeça, mas deixou uma crítica aos socorristas: "Reconheço que não devia ter feito aquilo, mas a atitude dos socorristas foi inqualificável. Eles abandonaram o forcado deixando-o à mercê do touro."
 

Saturday, 28 September 2013

Monday, 23 September 2013

PRAXES ACADÉMICAS DA GUARDA OU O REGRESSO DE SODOMA AO SÉCULO XXI







"Saló, ou Os 120 Dias de Sodoma". Guarda. Portugal, Setembro de 2013. "
 
...Os caloiros são obrigados a comprar leite, farinha, ketchup, maionese, ovos, etc. Levam com papas k contêm urina, fezes, vomitado e por aí adiante... É mt mt mt vergonhoso! A maioria das vezes praxam os caloiros no chafariz da Dorna por ser um sitio escondido..."

Tuesday, 17 September 2013

ANTÓNIO SARAIVA LIDERA LOJA MAÇÓNICA


António Saraiva, da CIP, lidera nova loja, criada com i'rmãos' que saíram da Mozart. Silva Carvalho já regressou às sessões maçónicas.

Chama-se Loja George Washington e surge, no seio da maçonaria, como a substituta e sucessora da polémica Loja Mozart 49 – que chegou a ser das mais influentes lojas maçónicas do pais e que integrava, entre outros, elementos dos serviços secretos, do grupo Ongoing e da política.
 
Esta nova loja foi criada na terça-feira e tem como venerável (líder) António Saraiva, presidente da CIP - Confederação Empresarial de Portugal, que integrava a Mozart.

«Fez-se finalmente a consagração da nova loja», explicou ao SOL fonte da Grande Loja Legal de Portugal (GLLP), obediência dos maçons regulares e que integra estas duas lojas. A consagração realizou-se na nova sede da GLLP, em Telheiras.

Desde que veio a público o escândalo sobre uma teia de ligações perigosas na Mozart – entre os serviços secretos, a Ongoing, e políticos, nomeadamente do PSD – que a direcção da GLLP planeava criar uma nova loja para esvaziar a outra. Aliás, numa carta enviada no ano passado a todos os maçons, o grão-mestre, José Moreno, convidou alguns «irmãos» da Loja Mozart a sair, apelando ao seu «bom senso» para que tomassem a melhor decisão que protegesse o bom nome da maçonaria.
 
«Entretanto, muitos afastaram-se ou saíram da Mozart para outras lojas, nomeadamente para a Brasília e a Abade Correia. Só alguns ficaram», nota a mesma fonte, sublinhando que agora, com a criação da George Washington e o esvaziamento da Mozart, podem estar criadas as condições para que a «GLLP possa abater colunas» a esta última (termo maçónico que significa encerrar a loja).
 
Para a Loja George Washington, refere a mesma fonte, não transitaram elementos da Ongoing nem dos serviços secretos, mas sim diplomatas, empresários e pessoas com ligações à política: «Será poderosa, uma vez que o venerável é um homem com poder». Além disso, serão deslocados irmãos de outras lojas e recrutados novos membros. Entre os ‘irmãos’ que mudaram da Mozart, estará Nuno Manalvo, ex-chefe de gabinete de Isaltino Morais.

Silva Carvalho de regresso

No entanto, um maçon que pertence à Mozart garantiu ao SOL que esta loja ainda «está bem activa», tendo 17 dos 42 membros que existiam quando há um ano rebentou a polémica. Mas outra fonte garante que há o risco da «Mozart ficar sem quorum» para reunir.

Um dos elementos activos na Mozart será Jorge Silva Carvalho. Segundo um ‘irmão’, o antigo director do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED) – que se afastou depois de ser acusado de usar a Mozart para um projecto de ambição pessoal – já terá regressado à maçonaria, tendo participado em cinco sessões maçónicas. Neste momento, o venerável da Mozart é Rogério Tavares, um advogado, e Silva Carvalho ocupará a função de guarda interno.
 
Na Mozart, permanecem o coronel Francisco Rodrigues, que foi director de um departamento das ‘secretas’, e Neto da Silva, ex-deputado do PSD. E em Novembro passado entrou Alcides Guimarães, ex-candidato a grão-mestre. Já o líder da Ongoing, Nuno Vasconcelos, não tem aparecido nas sessões maçónica, vivendo actualmente a maior parte do tempo no Brasil.

Longe das sessões maçónicas da Mozart estão os políticos que viram os seus nomes envolvidos na polémica – como o líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, e Paulo Miguel Santos, deputado do mesmo partido.

http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=67533

PRAXE NA UNIVERSIDADE: INTEGRA-TE NA COBARDIA


Felizmente, longe vão os tempos em que ao se entrar na Universidade já se era "doutor". E que ser "doutor" era uma espécie de título nobiliárquico da República, perante a qual a plebe respeitosamente se vergava com um "senhor doutor" em cada frase. A Universidade, democratizada e aberta a muitíssimo mais gente, perdeu a capacidade de oferecer aos seus estudantes prestígio social. E foi aí que, fora da cidade de Coimbra, começou a inventar-se uma tradição. A tradição académica. Mas até aqui tudo bem. Amigo não empata amigo. Cada um veste os trajes que entender e ninguém tem nada a ver com isso.
 
 Compreendo esta necessidade de ritualizar aquele momento da vida. Para muita gente a entrada na Universidade não é uma mera continuação dos estudos. É motivo de orgulho familiar. Resultado de enormes sacrifícios de pais e filhos. No momento em que entram na Academia muitos daqueles caloiros acreditam que conseguiram dar o primeiro passo na sonhada ascensão social. Serei o último a julgar.
 
 Bem diferente é a praxe. Também ela pretende dar àquele momento uma importância que não tem. É um ritual de passagem sem qualquer tradição na maioria das faculdades - também elas recentes. Bruno Moraes Cabral acompanhou este momento. Em Lisboa, Santarém, Coimbra, Setúbal e Beja. E fez um documentário que estreia, no DocLisboa, na próxima sexta-feira (Culturgest, Pequeno Auditório, 21h). Chama-se "Praxis", a origem grega da palavra "praxe". Tudo o que filmou foi com autorização dos envolvidos. Ali não está, portanto, aquilo que os próprios podem ver como um abuso ou um excesso. É a versão soft da praxe.
 
 O que vemos é uma sucessão de humilhações consentidas - ou toleradas por quem, estando fora do seu meio, não tem coragem de dizer que não. A boçalidade atinge níveis abjectos. Os gritos alarves , a exibição de simulações forçadas de atos sexuais, o exercício engraçadinho do poder arbitrário de quem, por uns dias, não conhece qualquer limite. Tudo isso impressiona quem tenha algum amor próprio e respeito pela sua autonomia, liberdade e dignidade. Mas a questão é mais profunda do que a susceptibilidade de cada um. É o que aquilo quer dizer.
 
Como o documentário não é um mero ato de voyeurismo, mostra-nos o outro lado. Como a esmagadora maioria dos caloiros se sente bem naquela pele. Porquê? Porque, como já disse, aquilo marca o início de um momento que julgam que mudará a sua vida. Mas, acima de tudo, porque os "integra". E não se trata de uma mentira. De facto, naqueles rituais violentos e humilhantes, conhecem pessoas e sentem-se integrados num grupo. Eles são, naquele momento, rebaixados da mesma forma. Não há discriminações. São todos "paneleiros", "putas", "vermes". Na sua passividade e obediência, não se distinguem. Até, quando deixarem de ser caloiros, terem direito à mesma "dignidade" de que gozam os que bondosamente os maltrataram. Aceitam. Porque, como escrevia Jean-Paul Sartre, "é sempre fácil obedecer quando se sonha comandar". 
 
Sim, a praxe integra. A questão é saber em que é que ela integra. Porque a integração não é obrigatoriamente positiva. Se ela nivela todos por baixo deve ser evitada a todo o custo. Perante o que é degradante os espíritos críticos distinguem-se e resistem. Não se querem integrar.
 
Ingénuos, supomos que a Universidade deveria promover o oposto: a exigência, o sentido critico, a capacidade de recusar a tradição pela tradição, a distinção. A Academia que aceita o espírito bovino da obediência está morta. Porque será incapaz de inovar, de pôr em causa e de questionar o resto da sociedade. A universidade que, através de rituais (que têm um significado), promove o seguidismo e a apatia, não é apenas inútil para a comunidade. É um problema para o conhecimento e para a cidadania.
 
 Mais do que as cenas dignas de muito do telelixo que nos entra em casa, o que impressiona é a relação que a comunidade mantém com aquilo. São raros os que põem em causa tão estúpida tradição sem tradição nenhuma. E é normal. Vemos no documentário como as estruturas universitárias - corpo diretivo e docente - não só toleram como promovem a boçalidade. As autarquias emprestam meios. As empresas de bebidas patrocinam. E até membros do clero vão lá benzer a coisa, perante jovens de caras pintadas ou com penicos na cabeça. Não se trata apenas de um momento de imbecilidade de alguns jovens e adolescentes. Porque é aceite por todos, porque é mesmo assim que as coisas são, foi institucionalizada e parece ser vista por todos como um momento que dá dignidade à Universidade.
  
Assim, com pequenos gestos simbólicos, se forja a alma de cidadãos sem fibra. Incapazes de dizerem que não. Incapazes de se distinguirem dos demais. A praxe é a iniciação de uma longa carreira de cobardia. Na escola, perante as verdades indiscutíveis dos "mestres". Na rua, perante o poder político. Na empresa, perante o patrão. A praxe não é apenas a praxe. É o processo de iniciação na indignidade quotidiana. O pior escravo é aquele que não se quer libertar. E que encontra na escravidão o conforto de ser como os outros. Os caloiros que aceitam a praxe não são ainda escravos. Apenas treinam para o ser.

Wednesday, 4 September 2013

ALUNA MORRE EM BEJA NA SEQUÊNCIA DE PRAXES

 
Após o incidente os alunos fizeram um cordão humano de apoio a Cristina Ratinho
 
Beja: Caloira faleceu 11 meses depois de sofrer ataque cardíaco
 

Morte de aluna não trava praxes

 
Alunos do Politécnico de Beja vão adotar novo modelo para a integração dos caloiros
 
Por:Alexandre M. Silva /Nelson Medeiros
 
O Instituto Politécnico de Beja e os alunos da instituição vão adotar um novo modelo de integração dos caloiros no início deste ano letivo em resultado da morte de Cristina Ratinho, que há 11 meses sofreu uma paragem cardiorrespiratória após uma praxe. O novo ritual será discutido na próxima semana pelos estudantes que constituem a comissão de praxes.

"Há várias ideias mas o modelo não está ainda decidido. Certo é que haverá muitas diferenças em relação a anos anteriores", referiu ao CM Pedro Inácio, presidente da associação de estudantes da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Beja.

Cristina Ratinho sofria de problemas cardíacos. Sentiu-se indisposta por volta das 12h00 do dia 26 de setembro de 2012. Na altura, segundo um comunicado dos colegas do curso de Gestão de Empresas, "estava apenas a cantar".

A aluna, de 26 anos, residente em Beja e mãe de uma menina de quatro anos, ainda foi para casa. Mas acabou por ser transportada pelo INEM para o hospital de Beja, onde esteve internada durante meses. Faleceu no passado dia 30 de agosto na unidade de Cuidados Continuados em Casével, Castro Verde.
 

Friday, 23 August 2013

JAMIE OLIVER GANHA BATALHA CONTRA MC DONALD'S

 
O chef Jamie Oliver justo acaba de vencer uma batalha contra a mais poderosa cadeia de Junk Food do mundo. Uma vez que Oliver demonstrou como são produzidos os hambúrgueres, McDonald’s anunciou que mudará a receita.
 
 De acordo com Oliver, as partes gordurosas da carne são “lavadas” com hidróxido de amônia e, em seguida, são utilizadas na fabricação do “bolo” de carne para encher o hambúrguer. Antes deste processo, de acordo com o apresentador, essa carne já não era apropriada para o consumo humano.

Oliver, chef ativista radical, que assumiu uma guerra contra a indústria de alimentos, diz: estamos falando de carne que tinha sido vendida como alimento para cães e após este processo é servida para os seres humanos. Afora a qualidade da carne, o hidróxido amônia é prejudicial à saúde.
 
 Qual dos homens no seu perfeito juízo colocaria um pedaço de carne embebido em hidróxido amônia na boca de uma criança?
 
Em outra de suas iniciativas Oliver demonstrou como são feitos os nuggets de frango: Depois de serem selecionadas as “melhores partes”, o resto- gordura, pele, cartilagem, víceras, ossos, cabeça, pernas - é submetido a uma batida - separação mecânica - é o eufemismo usado por engenheiros de alimentos, e, em seguida, essa pasta cor de rosa por causa do sangue é desodorada, descolorida, reodorizada e repintada, capeadas de marshmallow farináceo e frito, este é refervido em óleo geralmente parcialmente hidrogenado, ou seja, tóxico.
 
Nos EUA, Burger King e Taco Bell já abandonaram o uso de amônia em seus produtos. A indústria alimentar utiliza hidróxido de amônia como um agente anti-microbiano, o que permitiu ao McDonald’s usar nos seus hambúrgueres, carne, de cara, imprópria para o consumo humano.
 
 Mas ainda mais irritante é a situação que essas substâncias à base de hidróxido de amônia sejam consideradas “componentes legítimos em procedimentos de produção” na indústria de alimentos, com a bênção das autoridades de saúde em todo o mundo. Portanto, o consumidor nunca poderá se informar quais produtos químicos são colocados em nossa comida.