Renato Seabra mantém-se preso. Relatório médico entregue até 6ª
Renato Seabra à entrada da audiência em que foi acusado de homicídio em segundo grau
Em declarações à saída da audiência no Tribunal Criminal de Nova Iorque, o advogado de Renato Seabra voltou a dizer que tenciona fazer "uma defesa agressiva" e que, para já, está fora de questão não ir a julgamento e lutar pela absolvição do seu cliente. A estratégia da defesa começou hoje: o advogado David Touger guardou todas as moções para tentar a anulação de provas ou a rejeição de acusações para apresentar nesta audiência. Pediu, para já, tal como o i avançou ontem, a anulação da confissão de Renato Seabra à polícia de Nova Iorque, horas depois do homicídio no Hotel Intercontinental, e para ter acesso a mais detalhes sobre os tratamentos recebidos no hospital a que se dirigiu. De seguida, David Touger prepara-se para entregar ao juiz até ao final da próxima semana um relatório médico que avalia o estado psicológico e psiquiátrico do manequim. O plano coincide com a tese de que a defesa vai insistir numa eventual insanidade temporária de Renato Seabra no momento do crime ou mesmo para a presença de algum distúrbio psiquiátrico. A cada dia que Renato Seabra permanece na ala prisional no Hospital de Bellevue e não é transferido para outro estabelecimento prisional a defesa soma pontos.
A próxima sessão desta fase pré-julgamento está agendada para 8 de Abril. A procuradora Maxime Rosenthal tem até essa data para responder aos requerimentos entregues. E o mais provável é que nessa sessão o juiz marque uma audiência reservada exclusivamente ao tema da confissão.
Ou seja, da quarta vez que Renato Seabra se apresentar no Tribunal Criminal de Nova Iorque, o jovem de Cantanhede acusado de homicídio em segundo grau deve finalmente ser ouvido, juntamente com outras testemunhas do processo, para que o juiz possa decidir se a confissão é ou não é válida. Nesse momento, David Touger pode apresentar testemunhas de defesa ou limitar-se a interrogar as testemunhas apresentadas pela acusação, como os detectives que interrogaram Renato Seabra horas depois do homicídio de Carlos Castro, a 7 de Janeiro, no hotel Intercontinental, em Nova Iorque.
Se o juiz decidir que a confissão não tem valor legal - caso se confirme, por exemplo, que Renato Seabra já tinha advogado no momento em que confessou -, a descrição pormenorizada do homicídio feita pelo manequim não poderá ser usada como prova.
Renato Seabra está acusado de homicídio em segundo grau (o equivalente ao nosso homicídio simples) no caso da morte de Carlos Castro, a 7 de Janeiro, no Hotel Intercontinental, em Nova Iorque.
por Sílvia Caneco, Publicado em 04 de Março de 2011
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