Monday, 14 March 2011

MONTEIRO DE BARROS DEFENDE CONSTRUÇÃO DE CENTRAL NUCLEAR


Monteiro de Barros defende construção de central

22 FEV 06

Patrick Monteiro de Barros vai reiterar, num debate sobre energia nuclear, a necessidade de uma central nuclear em Portugal. A Ordem dos Engenheiros não vai tomar posição, ao passo que os ambientalistas continuam a dizer que são contra a ideia.

Patrick Monteiro de Barros defende que Portugal precisa de energia barata
Patrick Monteiro de Barros diz que a resposta do Governo foi uma «espécie de nim»
Fernando Santo entende que a energia nuclear não pode ficar fora da discussão
Fernando Santo considera que a Quercus nunca está a favor de nenhum projecto
Hélder Spínola explica que a opção deve ser a favor das energias renováveis

Patrick Monteiro de Barros vai reiterar a sua defesa da necessidade de produção de energia nuclear em Portugal no debate desta quarta-feira sobre este tema promovido pela Ordem dos Engenheiros.

«Nós precisamos de energia barata, portanto a opção que temos é como vamos produzir essa electricidade. O nuclear produz energia mais barata, mais segura e mais limpa. Então, o que há contra?», questionou o empresário em declarações à TSF.

Este empresário, que diz não ser contra as energias renováveis e que lembrou que o «grau de desenvolvimento social de um país mede-se no consumo de energia por habitante», explicou que a resposta do Governo à sua proposta de construir uma central nuclear em Portugal foi uma «espécie de nim».

«Há algum interesse, pode haver interesse, mas não está no programa desta legislatura e ficou por aí. Mas nós continuamos a fazer o nosso trabalho», acrescentou Monteiro de Barros, que entende que o Governo terá de tomar uma posição sobre o assunto até ao final de 2007.

O empresário recordou que é preciso cumprir os compromisso relativos ao protocolo de Quioto em 2012 e que para um projecto de construção de uma central nuclear será necessário investir cerca de cinco anos.

Sobre o perigo de uma central nuclear, Patrick Monteiro de Barros recordou que este já existe, tendo em conta as infra-estruturas do género construídas por Espanha em cima da fronteira com Portugal.

«Se há um risco nuclear, o que para mim é ínfimo, Portugal já o corre porque temos centrais nucleares espanholas em cima da nossa fronteira e do Tejo. Se há risco já o temos», frisou.

Por seu turno, o bastonário da Ordem dos Engenheiros não se pronuncia a favor nem contra a ideia de Monteiro de Barros, preferindo que se debata um assunto que «não pode ficar de fora e que parece ser tabu».

«Parte-se do princípio que as pessoas são contra mas não se discute, não se sabe e não se divulga o estado actual, quantas centrais há a nível europeu, quais os países que estão a favor ou contra e porque estão contra», disse Fernando Santo à TSF.

Esta foi a razão porque a Ordem trouxe a Portugal vários especialistas estrangeiros para discutirem esta matéria, uns contra outros a favor da energia nuclear. «A Ordem não quer com isto tomar uma posição a favor ou contra, não tem que o fazer, tem de dar o contributo sobre este tema», concluiu.

Fernando Santo aproveitou ainda para criticar a posição dos ambientalistas, sobre os quais disse que ficaria «surpreendido se apoiassem qualquer medida, porque não há qualquer projecto em Portugal, seja qualquer for, em que não tenhamos essa organização contra».

Já a Quercus, que não foi convidada para este debate, reiterou que é preciso sim investir nas «energias alternativas e na eficiência energética, porque são essas duas apostas que nos podem tornar menos dependentes do exterior e tornar a nossa economia mais eficiente e rica».

«Não nos serve de muito entrar em contraciclo na energia nuclear e com isso estar a tomar decisões que comprometem fortemente o futuro», acrescentou Hélder Spínola à TSF.

Tal como os ambientalistas, nenhum membro do Governo estará presente no debate que se realiza esta quarta-feira à tarde na antiga FIL


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