A Relação do Porto confirmou uma decisão do tribunal de Famalicão que obriga a Universidade Lusíada a indemnizar os pais de um aluno que morreu após ser submetido a uma praxe, disse hoje fonte ligada ao processo.
A vítima frequentava o 4.º ano de Arquitectura do pólo de Famalicão da Universidade Lusíada e era ‘tuninho’ (membro de categoria inferior) na tuna daquele estabelecimento de ensino superior. Diogo sentiu-se indisposto após ser praxado, numa noite de ensaios da tuna, em 08 de Outubro de 2001 e foi conduzido ao hospital de Famalicão, sendo transferido para o hospital de S. João, no Porto, onde veio a morrer sete dias depois.
«Sofreu agressões pelo menos na nuca e pescoço, que aconteceram quando este se encontrava na companhia dos colegas da tuna, no interior da universidade. A morte foi consequência adequada, directa e necessária dos actos violentos», concluiu a família, nos quesitos do processo cível intentado contra a universidade.
«Se a ré controlasse as práticas praxistas dentro das suas instalações, impedisse que a agressividade física e psicológica dominasse (?) teria contribuído para que a morte não ocorresse», assinalou ainda a família.
A autópsia revelou que Diogo morreu devido a lesões traumáticas cranioencefálicas e cervicais. A universidade alegou que o óbito «não se ficou a dever a qualquer agressão, nem à violação do dever de vigilância sobre a tuna académica».
Um processo-crime relacionado com a morte de Diogo foi arquivado pelo Ministério Público de Famalicão.
Lusa/SOL
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