Renato Seabra sujeito a nova avaliação psiquiátrica
por Agência Lusa, Publicado em 07 de Setembro de 2011
Renato Seabra, jovem português acusado do homicídio do colunista Carlos Castro nos Estados Unidos, vai ser sujeito a nova avaliação psiquiátrica, por ordem da Procuradoria de Nova Iorque.
A nova avaliação, determinou hoje o juiz Charles Solomon, terá lugar no dia 15 de setembro, quinta-feira, na presença de um psiquiatra, da procuradora Maxine Rosenthal, do advogado de defesa, David Touger, e de um intérprete.
Caso seja considerado necessário poderá ser marcada para outra data uma continuação da avaliação, após o que a procuradoria irá entregar no tribunal um relatório psiquiátrico sobre Seabra, em data a definir.
Numa sessão onde esteve o jovem português, acusado de homicídio em segundo grau e detido na prisão de Rikers Island, o juiz Solomon pediu à procuradora para entregar à defesa alguns elementos em falta, em particular análises de ADN e relatórios de medicina legal.
“Ainda esperamos esses relatórios. [A procuradora] quer lê-los primeiro, antes de os entregar, foi o que ela disse. O juiz foi claro que quer tê-los antes da próxima audiência”, disse o advogado de defesa à saída do tribunal.
“A Procuradoria ainda está a trabalhar para concluir o relatório [psiquiátrico]. Quando concluir, andamos em frente”, afirmou David Touger.
A próxima sessão ficou hoje marcada para 04 de outubro e quando todos os elementos estiverem entregues, adiantou o advogado, poderá ser marcada a data para o julgamento.
Com base no relatório psiquiátrico já entregue pela defesa, feito por um “perito reconhecido”, Touger acredita que o juiz não vai impedir o recurso tipo de defesa que pretende, alegando problemas mentais do jovem para que seja internado num hospital psiquiátrico.
Segundo Touger, não há contactos com a Procuradoria sobre um acordo extra-judicial.
“Nada é a 100 por cento, mas estou bastante certo de que o caso vai a julgamento", adiantou o advogado.
Seabra compareceu na sessão de hoje no tribunal de Nova Iorque, com as mãos algemadas atrás das costas e sempre com uma expressão séria no rosto, seguindo com atenção a tradução que o intérprete lhe ia fazendo das palavras do juiz, defesa e acusação.
Na sala esteve também a sua mãe, Odília Pereirinha, que continua a visitá-lo em Rikers Island, e “está a lidar” com as dificuldades, afirma o advogado.
Touger não se mostra preocupado com a segurança do jovem modelo português que, medicado e a receber acompanhamento psiquiátrico, está a partilhar uma cela com dezenas de outros reclusos em Rikers Island.
Seabra está acusado de homicídio em segundo grau pela procuradoria de Nova Iorque.
O caso remonta a 07 de janeiro, quando Carlos Castro, de 65 anos, foi encontrado nu e com sinais de agressões violentas e mutilação nos órgãos genitais no quarto de hotel que partilharam em Manhattan.
O jovem modelo esteve detido no hospital psiquiátrico Bellvue, em Manhattan, e em meados de abril foi transferido para a prisão de Rikers Island, onde aguarda julgamento.
Na última sessão em tribunal, no início de agosto, Touger admitiu que Seabra possa vir a cumprir parte da pena em Portugal, caso se comprove a tese de perturbações mentais.
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