Foi como num evento bem organizado por profissionais. Carlos Santos andou à volta da praça Marquês de Pombal, o espaço mais nobre de Cantanhede, e rapidamente dispôs cerca de 400 pessoas convocadas por SMS, em torno desta, de mãos dadas.
Na sua maioria jovens de aparência moderna, mas também idosos e idosas com lenços negros atados na cabeça. O propósito era comum. Transmitir uma mensagem de solidariedade a Renato Seabra, o filho da terra detido em Nova Iorque e acusado da morte do cronista social Carlos Castro, ocorrida na “grande maçã”, no passado sábado.
“Vamos fazer um minuto de silêncio para dar muita força ao Renato!”, diz Carlos Santos, pai de dois amigos de Renato e mestre improvisado desta cerimónia. Duas mulheres gritam: “E à mãe! E à mãe!” O orador concorda e acrescenta: “Vamos transmitir frequências positivas para eles!” Palmas no fim. Muitas palmas. O filho de Carlos Santos, bem mais alto do que o pai, vira a cara para trás e assim ninguém vê as suas lágrimas. Algumas pessoas que estavam mais próximas da igreja matriz rezam um Pai Nosso e uma Avé Maria.
Os últimos dias têm sido bem diferentes para uma cidade pequena e pacata como Cantanhede, sem comparação possível com as metrópoles como Lisboa ou Porto, e em que, por exemplo, se torna difícil encontrar estabelecimentos para jantar. À hora do Telejornal, os habitantes manifestam-se ruidosamente nos cafés, quando vêem a sua terra surgir nos ecrãs da televisão. Como nesta noite.
Os jornalistas abundam. Parece a cobertura de um grande evento e, hoje mesmo, num assalto efectuado em pleno dia, a uma loja de valores, também ela situada na praça principal, os profissionais da comunicação chegaram primeiro do que as autoridades. Inclusive, um fotógrafo conseguiu captar a corrida dos assaltantes em fuga.
http://www.publico.pt/Sociedade/cerca-de-400-populares-de-cantanhede-dao-as-maos-para-apoiar-renato-seabra_1475136
Na sua maioria jovens de aparência moderna, mas também idosos e idosas com lenços negros atados na cabeça. O propósito era comum. Transmitir uma mensagem de solidariedade a Renato Seabra, o filho da terra detido em Nova Iorque e acusado da morte do cronista social Carlos Castro, ocorrida na “grande maçã”, no passado sábado.
“Vamos fazer um minuto de silêncio para dar muita força ao Renato!”, diz Carlos Santos, pai de dois amigos de Renato e mestre improvisado desta cerimónia. Duas mulheres gritam: “E à mãe! E à mãe!” O orador concorda e acrescenta: “Vamos transmitir frequências positivas para eles!” Palmas no fim. Muitas palmas. O filho de Carlos Santos, bem mais alto do que o pai, vira a cara para trás e assim ninguém vê as suas lágrimas. Algumas pessoas que estavam mais próximas da igreja matriz rezam um Pai Nosso e uma Avé Maria.
Os últimos dias têm sido bem diferentes para uma cidade pequena e pacata como Cantanhede, sem comparação possível com as metrópoles como Lisboa ou Porto, e em que, por exemplo, se torna difícil encontrar estabelecimentos para jantar. À hora do Telejornal, os habitantes manifestam-se ruidosamente nos cafés, quando vêem a sua terra surgir nos ecrãs da televisão. Como nesta noite.
Os jornalistas abundam. Parece a cobertura de um grande evento e, hoje mesmo, num assalto efectuado em pleno dia, a uma loja de valores, também ela situada na praça principal, os profissionais da comunicação chegaram primeiro do que as autoridades. Inclusive, um fotógrafo conseguiu captar a corrida dos assaltantes em fuga.
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