"Aproximou-se do Carlos para ganhar protagonismo”
Cláudio Montez, amigo de Carlos Castro há trinta anos, diz que o jornalista andava com o ego em alta e feliz, mas reconhece que Renato poderia ter outros interesses.
Por:Miguel Azevedo
– Como soube da notícia?
– Fui acordado às quatro da manhã por alguém que me enviou uma mensagem. No início não acreditei, porque já recebi outras do género. Já tinham morto o Carlos várias vezes. Só acreditei quando a polícia de Nova Iorque me ligou.
– Que explicação encontra para o que sucedeu?
– Nenhuma. Nada fazia prever isto. As mensagens que o Renato enviava ao Carlos eram as típicas mensagens entre dois namorados. Ele dizia que o amava e que nunca o ia deixar. O Carlos estava com o ego em alta e feliz.
– Conhecia bem o Renato?
– Estive várias vezes com ele. Estivemos um fim-de-semana em Madrid os três. Era um rapaz muito educado, reservado e tímido. Para ele, estava sempre tudo bem. Era talvez um pouco calado.
– O que achava da relação deles?
– Sou amigo do Carlos há trinta anos, conheci-lhe várias relações e assisti a vários deslizes dele, mas esta relação era a menos suspeita. Sei que o Renato nunca se aproximou do Carlos por uma questão de dinheiro, por exemplo. Nunca lhe pediu nada, nem sequer uns ténis. O que havia era uma ambição de carreira muito grande, e acho que foi por isso que ele se aproximou do Carlos, para ganhar protagonismo.
– A relação que eles tinham era assumida por ambas as partes?
– Sim. Sei que numa viagem a Londres, há coisa de mês e meio, o rapaz chamou a atenção do Carlos que não era homossexual. Mas um jovem de 21 anos que aceita dormir com o Carlos e que lhe manda mensagens a dizer "amo-te muito" é o quê? Ele tanto dizia ao Carlos que nunca o deixaria como de repente lhe perguntava: "E no dia em que eu arranjar uma namorada?"
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