Outrora conhecida como 'capital da homofobia', a cidade recebeu bem o primeiro matrimónio entre pessoas do mesmo sexo
Cinco anos depois das agressões aos homossexuais e da realização de uma manifestação na cidade contra a homofobia, Viseu, apelidada de "capital da homofobia", recebeu sem sobressalto o primeiro casamento gay. Uma tolerância bem aceite pelas associações que há cinco anos lideraram a manifestação. Mas há quem alerte que a falta de polémica apenas se deveu ao recato da cerimónia.
António, de 50 anos, e Pedro, de 35, casaram-se ontem à tarde, num espaço de Viseu. A cerimó-nia foi celebrada por uma das conservadoras da cidade e não fo- ram autorizadas fotografias. O matrimónio, numa cidade onde ainda há um ano o bispo da diocese vociferava contra o casamento gay, foi bem recebido. "A realização do primeiro casamento homossexual numa cidade conservadora mostra que Viseu está mais tolerante e que, também aqui, se cumpre a Constituição que assegura que ninguém pode ser perseguido pelas suas orientações sexuais", afirma Carlos Vieira, da Associação Olho Vivo, que na cidade tem liderado a luta contra a homofobia.
Mais cautelosa, Carla Mendes, a advogada que defendeu Pedro Russo, um dos jovens perseguidos devido à homofobia na cidade, sustenta que, "se não houve problemas, isso não quer dizer que a cidade esteja menos conservadora. Talvez o casamento tenha decorrido de forma recatada e isso tenha contribuído para não acirrar os ânimos". Ainda assim, a advogada reconhece a existência de "uma postura mais aberta na cidade". Viseu ocupou as manchetes dos jornais em 2005 quando um grupo de pessoas ameaçou, sequestrou e torturou homossexuais durante meses
http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/Interior.aspx?content_id=1732986&seccao=Centro
Cinco anos depois das agressões aos homossexuais e da realização de uma manifestação na cidade contra a homofobia, Viseu, apelidada de "capital da homofobia", recebeu sem sobressalto o primeiro casamento gay. Uma tolerância bem aceite pelas associações que há cinco anos lideraram a manifestação. Mas há quem alerte que a falta de polémica apenas se deveu ao recato da cerimónia.
António, de 50 anos, e Pedro, de 35, casaram-se ontem à tarde, num espaço de Viseu. A cerimó-nia foi celebrada por uma das conservadoras da cidade e não fo- ram autorizadas fotografias. O matrimónio, numa cidade onde ainda há um ano o bispo da diocese vociferava contra o casamento gay, foi bem recebido. "A realização do primeiro casamento homossexual numa cidade conservadora mostra que Viseu está mais tolerante e que, também aqui, se cumpre a Constituição que assegura que ninguém pode ser perseguido pelas suas orientações sexuais", afirma Carlos Vieira, da Associação Olho Vivo, que na cidade tem liderado a luta contra a homofobia.
Mais cautelosa, Carla Mendes, a advogada que defendeu Pedro Russo, um dos jovens perseguidos devido à homofobia na cidade, sustenta que, "se não houve problemas, isso não quer dizer que a cidade esteja menos conservadora. Talvez o casamento tenha decorrido de forma recatada e isso tenha contribuído para não acirrar os ânimos". Ainda assim, a advogada reconhece a existência de "uma postura mais aberta na cidade". Viseu ocupou as manchetes dos jornais em 2005 quando um grupo de pessoas ameaçou, sequestrou e torturou homossexuais durante meses
http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/Interior.aspx?content_id=1732986&seccao=Centro
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