Família de Carlos Castro enviou novos elementos de prova à acusação
Além dos objectos recolhidos no quarto de hotel, a procuradora tem em sua posse material que estava no apartamento do cronista em Lisboa.
Renato Seabra à saída do Supremo Tribunal onde foi acusado de homicídio simples (Foto LUCAS JACKSON/reuters 1/1)
A procuradora de justiça encarregue do caso do homicídio de Carlos Castro já tem em sua posse novos elementos de prova, enviados de Portugal. A acusação pediu à família o envio de objectos pessoais que estavam no apartamento do cronista, nas Twin Towers, em Lisboa, e juntou-os a outros elementos de prova, como a confissão de Renato Seabra à polícia de Nova Iorque e os objectos recolhidos pelos investigadores na suite do hotel Intercontinental, onde Carlos Castro e o manequim estavam hospedados.
"Há novos elementos a juntar aos que já existiam: material que nos foi pedido pela procuradora", adiantou ao i Cláudio Montez, amigo de Carlos Castro e um dos ouvidos no processo, a par de duas irmãs do cronista e das amigas Mónica e Vanda Pires.
Cláudio Montez não revelou quais os objectos pessoais do cronista pedidos pela procuradoria - a condição de testemunha não lhe permite revelar pormenores sobre o caso, mas Tony Castro, ex-procurador de justiça no Bronx, em Nova Iorque, avança que o mais provável é a acusação ter pedido "computadores, fotografias, notas e correspondência". "Tudo o que tenha relevância para o caso e ajude a explicar o tipo de relação existente entre o autor e a vítima", acrescenta o advogado.
O gabinete do procurador de justiça tem estado em contacto com as irmãs de Carlos Castro e o amigo Cláudio Montez, não só para obter esclarecimentos e provas que possam ser relevantes para o caso, como para os pôr a par de todos os desenvolvimentos do processo. Anteontem, depois de Renato Seabra ter ouvido a acusação formal de homicídio em segundo grau, seguiu-se "uma conversa de hora e meia com a família" de Castro para explicar os contornos da audiência e quais os próximos passos.
Os documentos da acusação entretanto libertados pelo Supremo Tribunal de Nova Iorque dão a conhecer o teor da confissão de Renato Seabra à polícia de Nova Iorque e também outros detalhes, como os objectos recolhidos no local do crime.
Uma página do documento mostra que nenhuma prova apontou para a possibilidade de um segundo suspeito da autoria do crime. Não foi recolhido brady material: elementos de prova que podem ser usados pela defesa e apontam para a possibilidade de existência de outro réu. "Se o procurador encontra provas que favorecem o réu, não pode escondê-las. Se na análise ao corpo do Carlos Castro encontrassem, por exemplo, sangue de um terceiro indivíduo isso apontaria para outro suspeito e a procuradoria tinha a obrigação de o apresentar à defesa", explica Tony Castro.
por Sílvia Caneco, Publicado em 03 de Fevereiro de 2011 Actualizado há 13 horas
http://www.ionline.pt/conteudo/102343-familia-carlos-castro-enviou-novos-elementos-prova--acusacao
Além dos objectos recolhidos no quarto de hotel, a procuradora tem em sua posse material que estava no apartamento do cronista em Lisboa.
Renato Seabra à saída do Supremo Tribunal onde foi acusado de homicídio simples (Foto LUCAS JACKSON/reuters 1/1)
A procuradora de justiça encarregue do caso do homicídio de Carlos Castro já tem em sua posse novos elementos de prova, enviados de Portugal. A acusação pediu à família o envio de objectos pessoais que estavam no apartamento do cronista, nas Twin Towers, em Lisboa, e juntou-os a outros elementos de prova, como a confissão de Renato Seabra à polícia de Nova Iorque e os objectos recolhidos pelos investigadores na suite do hotel Intercontinental, onde Carlos Castro e o manequim estavam hospedados.
"Há novos elementos a juntar aos que já existiam: material que nos foi pedido pela procuradora", adiantou ao i Cláudio Montez, amigo de Carlos Castro e um dos ouvidos no processo, a par de duas irmãs do cronista e das amigas Mónica e Vanda Pires.
Cláudio Montez não revelou quais os objectos pessoais do cronista pedidos pela procuradoria - a condição de testemunha não lhe permite revelar pormenores sobre o caso, mas Tony Castro, ex-procurador de justiça no Bronx, em Nova Iorque, avança que o mais provável é a acusação ter pedido "computadores, fotografias, notas e correspondência". "Tudo o que tenha relevância para o caso e ajude a explicar o tipo de relação existente entre o autor e a vítima", acrescenta o advogado.
O gabinete do procurador de justiça tem estado em contacto com as irmãs de Carlos Castro e o amigo Cláudio Montez, não só para obter esclarecimentos e provas que possam ser relevantes para o caso, como para os pôr a par de todos os desenvolvimentos do processo. Anteontem, depois de Renato Seabra ter ouvido a acusação formal de homicídio em segundo grau, seguiu-se "uma conversa de hora e meia com a família" de Castro para explicar os contornos da audiência e quais os próximos passos.
Os documentos da acusação entretanto libertados pelo Supremo Tribunal de Nova Iorque dão a conhecer o teor da confissão de Renato Seabra à polícia de Nova Iorque e também outros detalhes, como os objectos recolhidos no local do crime.
Uma página do documento mostra que nenhuma prova apontou para a possibilidade de um segundo suspeito da autoria do crime. Não foi recolhido brady material: elementos de prova que podem ser usados pela defesa e apontam para a possibilidade de existência de outro réu. "Se o procurador encontra provas que favorecem o réu, não pode escondê-las. Se na análise ao corpo do Carlos Castro encontrassem, por exemplo, sangue de um terceiro indivíduo isso apontaria para outro suspeito e a procuradoria tinha a obrigação de o apresentar à defesa", explica Tony Castro.
por Sílvia Caneco, Publicado em 03 de Fevereiro de 2011 Actualizado há 13 horas
http://www.ionline.pt/conteudo/102343-familia-carlos-castro-enviou-novos-elementos-prova--acusacao
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